Mais fundos acionistas do que obrigacionistas nos resgates de novembro

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noniphon, Flickr, Creative Commons

O mês de novembro revelou-se positivo para os principais índices acionistas europeus e norte-americanos, no entanto, não foi o suficiente para que os investidores não realizassem mais-valias neste segmento.

No que concerne as opções dos clientes do Banco Best, Rui Castro Pacheco, diretor-adjunto da entidade, revela que “este mês não nos é possível identificar um tema com expressão nos fundos mais resgatados”. O profissional reforça a ideia de que os valores não foram significativos, mas observaram “a saída de obrigações brasileiras como o tema que mais resgates gerou junto dos clientes”.

Já do lado Banco Carregosa, “nos resgates do mês de novembro surgem mais fundos acionistas que obrigacionistas, ainda que tenha sido um mês muito favorável para a classe”, conta Tiago Gaspar, responsável pela análise e seleção de fundos. O profissional justifica estas escolhas devido ao facto de o “mercado acionista estar em máximos do ano (e ter sido um bom ano), juntamente com receios que não têm desvanecido, conduziram a tomada de mais-valias”.

No caso dos investidores do ActivoBank, estes “preferiram desmarcar-se de fundos com estratégias de cariz mais conservador, sobretudo expostos a obrigações”, explica Bruno Pinhão, gestor de Produto - Investimentos. “Com os índices acionistas a demonstrarem bons desempenhos, a continuidade das negociações na Guerra Comercial e a melhoria de indicadores macroeconómicos nos EUA e na Alemanha, motivaram a saída de fundos mais defensivos. A indefinição política em Espanha e no Reino Unido devido ao Brexit terão pesado na decisão dos clientes em resgatarem fundos de ações desta geografia”, esclarece.