Mais de 1.300 operações de capital de risco no ano passado

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Daniel Seiffert

A CMVM publicou recentemente o seu relatório anual sobre a atividade do Capital de Risco, referente a 2014. Nessa publicação é visível um aumento superior a 10% no montante global de investimento dos operadores de capital de risco que fecharam o ano passado nos 3,5 mil milhões de euros.

No relatório divulgado pela entidade reguladora pode ainda ler-se que em 2014 foram realizados, no sector do capital de risco, “investimentos em 552 empresas, distribuídos por 1386 operações”. Isto representa um acréscimo de 5,7% face ao ano de 2013. De acordo com as contas, apenas 64 operações “se referem ao investimento em Sociedades de Capital de Risco (SCR) e de Fundos de Capital de Risco (FCR) em unidades de participação de fundos de capital de risco”. O maior número de operações - 683 - foram realizadas sobre “participações sociais (Sociedades Anónimas e por quotas)”, ficando muito perto a categoria de “outros investimentos” com um total de 639 operações.

Em termos monetários, o valor do investimento em participações sociais “em empresas não residentes diminuiu 16,9% face ao ano anterior, contrariamente ao sucedido nas empresas residentes”, onde foi registado um aumento de quase 10%. Já na rubrica de outros investimentos, “que correspondia no final do ano a 2,3 mil milhões de euros, o aumento verificou-se especialmente nas empresas residentes”.

Investimento líquido superior a 29 milhões de euros

O investimento líquido, segundo a definição do Regulador, “resulta da diferença entre as aquisições e as  alienações de ações, quotas e unidades de participação de FCR”. Este valor, no ano passado, foi de 29,1 milhões de euros. O montante foi bastante inferior ao de 2013 em que atingiu os 159,5 milhões de euros. “Tal como no ano anterior, o investimento líquido das SCR foi negativo (cerca de 11,4 milhões), contrariamente ao verificado nos FCR onde atingiu 40,6 milhões de euros”, segundo a. mesma fonte

Quanto à rotação da carteira, a CMVM relata que é “calculada através do quociente entre a soma das operações de aquisição e de alienação efetuadas em sociedades anónimas, sociedades por quotas e em unidades de participação de FCR ao longo do ano e o valor sob gestão no período precedente”. Assim, a rotação anual das carteiras foi de 7,9%, sendo que este valor resulta das  “operações realizadas quer por SCR quer por FCR“.