Maior atenção à Zona Euro

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Na Zona Euro, o crescimento continua moderado e a necessitar de apoio, mas cada vez ficam mais à vista as diferenças entre as economias mais fortes e mais fracas, e quem sai beneficiado e quem sai prejudicado neste projeto.

Enquanto o déficit da balança comercial em Portugal aumentou no primeiro trimestre de 2016, com as importações a aumentarem mais que as exportações e a tornar o país mais dependente do exterior, a Alemanha voltou a alargar o seu excedente, registando um superavit de 26 mil milhões, acima do esperado pelos analistas e que pode ser comparado com os 20.2 mil milhões em fevereiro.

Portugal exportou mais 3,5% de bens para a União Europeia e importou mais 1,3%, mas as exportações para países fora da União desceram uns impressionantes 16,9%, enquanto as importações desceram apenas 0,4%.

Na Alemanha os dados só não foram mais surpreendentes porque a produção industrial registou uma descida (-1.3% m/m face aos 0.2% esperados) e a construção residencial abrandou 3.2%. A surpresa registada no aumento do excedente comercial foi suportada também por uma descida das importações e um aumento das exportações.

Não sendo propriamente uma novidade, também em França os dados da produção industrial dececionaram, descendo 1.3%.

Desde o arranque do ano, o Euro tem persistentemente ignorado os dados macro abaixo do esperado, e os dados de hoje não foram exceção, com o Euro a manter-se cotado perto dos 1.14 face ao Dólar.

O Iene Japonês continua a ser uma das estrelas do mercado, mantendo-se sobre pressão vendedora, principalmente depois de declarações do Ministro das Finanças ter afirmado que o governo pode intervir a qualquer altura para garantir a estabilidade do Iene, caso os movimentos registados pela divisa sejam considerados indesejáveis.

Globalmente falando, pouca atividade e volatilidade continua a marcar a atualidade, com as curvas de taxas de juro a moverem-se pouco em reação aos dados publicados. Destaco para finalizar as palavras do governador do Banco da Índia, que avisou que os Bancos Centrais estão a chegar ao limite em termos do que as políticas monetárias podem fazer para impulsionar o crescimento. Esta ideia ganha cada vez mais adeptos um pouco por todo o mundo.