M&G anuncia intenção de transferir ativos de quatro fundos domiciliados no Reino Unido para o Luxemburgo

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Leandro Stevens, Flickr, Creative Commons

As gestoras continuam a reposicionar-se depois do Brexit. A M&G Investments anunciou a sua intenção de transferir os ativos de quatro fundos de ações, atualmente domiciliados no Reino Unido para fundos equivalentes na sua plataforma no Luxemburgo, antes do final do ano. As propostas, que requerem a aprovação dos acionistas dos fundos, têm como objetivo proteger os interesses dos clientes da M&G residentes fora do Reino Unido antes da negociação de saída do país da União Europeia. A iniciativa foi aprovada pelos reguladores competentes, tanto no Luxemburgo (CSSF) como no Reino Unido (FCA).

Com um valor de mercado acumulado de 6,96 mil milhões de euros, estes quatro fundos são distribuídos exclusivamente fora do Reino Unido. Tratam-se dos fundos M&G Dynamic Allocation Fund, M&G Income Allocation Fund, M&G Prudent Allocation Fund e M&G European Inflation Linked Corporate Bond Fund. Uma vez domiciliado no Luxemburgo, o fundo M&G Prudent Allocation passará a ter o nome de M&G (Lux) Conservative Allocation. Os quatro fundos luxemburgueses seguirão estratégias idênticas aos atuais fundos domiciliados no Reino Unido e serão dirigidos pelos mesmos gestores e equipas de investimento.

Segundo explica a empresa britânica, a notificação formal destas propostas será enviada aos acionistas dos fundos em meados de setembro deste ano. Se os acionistas aprovarem a iniciativa, a M&G prevê transferir os ativos para os novos fundos domiciliados no Luxemburgo em finais de novembro. “Dada a falta de clareza quanto ao possível resultado das negociações entre o Reino Unido e o resto da União Europeia sobre as futuras relações comerciais entre ambos, acreditamos ser prudente tomar medidas para proteger os interesses dos nossos clientes internacionais”, afirma Anne Richards, CEO da M&G Investments.

“As propostas de transferir os ativos destes quatro fundos têm um objetivo principal: reduzir ao máximo qualquer possível inconveniente para os nossos investidores. A aprovação desta transferência de ativos garantirá que estes continuem a ter acesso às mesmas estratégias e aos mesmos gestores de fundos”, explica Richards.