O Arquia Banca encerrou o ano de 2017 com um lucro líquido de cerca de 9,2 milhões de euros, 6% superior do que em 2016. Para 2018, as perspetivas são de continuação do crescimento, num ano em que a entidade espanhola enfrenta um grande desafio: a sua implementação em Portugal. No âmbito do seu plano de internacionalização, irá abrir escritórios em Lisboa e no Porto, onde “a economia está em pleno crescimento, a arquitetura vive um ‘boom’ e o setor da construção ganha protagonismo”, explica Xavier Ventura, diretor-geral da entidade, em entrevista à agência EFE.
A compra dos escritórios onde a empresa se irá localizar em Portugal já foi efetivada: o de Lisboa situa-se na Avenida Miguel Bombarda 80 e o do Porto fica na Rua Nossa Senhora de Fátima 376. Esta chegada a Portugal vai significar a criação de oito novos postos de trabalho, previstos para o final do ano, e Ventura garante que ambos os escritórios são projetos arquitetónicos únicos e diferentes, assinados por profissionais locais.
A entidade conta atualmente com 25 escritórios em Espanha, mais de 200 profissionais e 125 mil clientes, na sua maioria arquitetos, mas também profissionais de outros áreas, como advogados, economistas, médicos ou gerentes. O diretor-geral da Arquia Banca diz que, anualmente, a empresa cresce cerca de 5% no número de clientes e que o cliente é “estável, sabe o que procura”, garante. No entanto, admite que, durante o ano passado, os clientes demonstraram alguma incerteza, relacionada com a crise política na Catalunha.
Neste momento, aguarda a obtenção das autorizações regulatórias para que se possa converter numa entidade bancária, depois de mais de 30 anos a operar como cooperativa de crédito. No entanto, Ventura garante que esta alteração não irá trazer qualquer repercussão para a atividade, estratégia e serviço prestado aos clientes, mas permitirá ganhar agilidade no processo de expansão previsto para os próximos anos e que se inicia já em 2018 com a implementação em Portugal.