"Apesar do comportamento positivo das receitas e dos custos operacionais, a evolução do resultado líquido foi condicionada pelo aumento das imparidades e provisões, no âmbito de uma política prudente de análise de riscos da carteira de crédito e adequada à conjuntura recessiva e às perspectivas económicas de Portugal", refere o banco no comunicado de resultados. Manteve-se "a tendência de deterioração da qualidade da carteira de crédito" e foi aumentado o montante de imparidades e provisões em 159%, para 250,2 milhões de euros.
Este aumento, acrescenta a mesma nota, acabou por eliminar a "mais-valia obtida na operação de recompra de títulos emitidos no âmbito de operações de securitização de créditos, efectuada no primeiro trimestre".
Os depósitos de clientes cresceram 9,4% no semestre, para 19,4 mil milhões de euros, enquanto o crédito (bruto) caiu 3,3% para 29,12 mil milhões de euros, o que resultou numa melhoria do rácio de transformação para 136,8% (era de 152,2% em Junho de 2011), refere o banco no comunicado. Deste modo, "O processo de desalavancagem imposto no âmbito dos compromissos internacionais assumidos pelo Estado português prossegue de forma tranquila", sublinha.
O produto bancário cresceu 29,6% para 562,6 milhões de euros, com a margem financeira a recuar 8,1% para 284,7 milhões e as comissões e outros resultados a registarem uma subida de 2,9% para 198,2 milhões.