Liquidez nos fundos mobiliários é duas vezes maior do que há 18 meses atrás

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jayneboo, Flickr, Creative Commons

Os últimos dados revelados pela APFIPP relativos ao mês de outubro são muito claros no que diz respeito à dicotomia “ações vs liquidez”: as gestoras portuguesas têm vindo a aumentar o peso da componente liquidez nos fundos de investimento mobiliário.

Os números não enganam, e no mês de outubro as carteiras destes fundos possuíam um total de 28% de liquidez, que cresceu  2 p.p face ao mês de setembro. Esta componente tem vindo progressivamente a aumentar, sendo que há ano e meio atrás perfazia 15% dos portfólios das gestoras portuguesas (cerca de 200% de aumento), e há um ano 17%.

Fundos de mercado monetário euro dão empurrão

Este aumento de 2 p.p de setembro para outubro tem por base principalmente um aumento na liquidez denominada em euro, que de um mês para o outro viu o seu peso aumentar quase 200 milhões de euros nas carteiras dos fundos mobiliários. Uma grande ajuda para este incremento foi dada especificamente pelos fundos de mercado monetário euro. Em setembro a liquidez denominada em euro nestes produtos era de 604,2 milhões de euros, tendo ascendido a 792,5 milhões de euros no final de outubro.

No que diz respeito ao peso das ações nas carteiras dos fundos mobiliários as mudanças não são significativas. À semelhança do que acontecia em setembro, as ações nacionais continuam  a “pesar” 2% dos ativos, e as internacionais 8% (a sua preponderância caiu 1 p.p face a setembro).