Leilões de dívida pública continuam a fazer-se com sucesso

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jwellsrobinsonpc, Flickr, Creative Commons

O Estado Português, através do IGCP, emitiu nesta quarta-feira dia 21 de outubro, 1.400 milhões de euros em duas emissões de dívida com o prazo de maturidade a ser inferior a um ano.

No prazo mais pequeno, a três meses, foram emitidos 300 milhões de euros a uma taxa de juro negativa de 0,021%. De destacar que a procura foi superior à oferta em quase 3,5 vezes.

Já no prazo mais longo, a onze meses, foram colocados 1.100 milhões de euros a uma taxa de 0,006%. A procura superou a oferta em 1,84 vezes.

Indefinição governativa com pouco impacto

Com estas emissões onde a procura superou largamente a oferta, parece que a dúvida sobre o novo governo português tem pouco impacto nos títulos de dívida nacionais. O mesmo sublinha Filipe Silva, director da gestão de activos do Banco Carregosa que afirma que “o impasse na formação do governo, que pode estar a ter impacto nas acções, não tem efeitos no mercado de dívida pública. Enquanto o BCE continuar o seu programa de Quantitative Easing, garantindo a compra de dívida aos países, os investidores não receiam comprar.”

O profissional afirma, ainda, que “nas emissões desta manhã, repetiu-se a história: Portugal consegue endividar-se, no curto prazo, as taxas muito próximas de zero, e mesmo negativas na dívida que se vence daqui a 3 meses. O montante recolhido no mercado foi superior ao estimado, que ia até 1250 milhões de euros. A procura mantém-se forte, dentro do que têm sido os valores médios”.