Leilão dos bilhetes do tesouro: Portugal continua a ver mínimos históricos

Foto_Lisboa Casas
Cedida pela JLL

A República Portuguesa regressou aos mercados para uma nova emissão dos bilhetes do tesouro a três e a 11 meses. A três meses, a emissão de bilhetes do tesouro, voltou a registar uma taxa negativa de -0,563%. Foram emitidos 250 milhões de euros e a procura fixou-se em 4,36 vezes a oferta. No que concerne a emissão dos bilhetes do tesouro a 11 meses, foram arrecadados 750 milhões de euros a uma taxa, também ela negativa, de -0,557%. A procura superou a oferta em 2,05 vezes.

Filipe Silva, diretor de Gestão de Ativos do Banco Carregosa, comenta que “Portugal volta a ver mínimos históricos nos leilões de dívida de curto prazo. Foram emitidos 1.000 milhões de euros em bilhetes do tesouro, 250 milhões de euros a 3 meses e 750 milhões de euros a 11 meses.  Nos 3 meses a taxa baixou dos -0,425% para os –0,563% e nos 11 meses dos -0,395% para os –0,557%. Os receios de uma possível recessão e um discurso mais cauteloso por parte dos bancos centrais tem levado os prémios de risco da dívida soberana mundial para mínimos sem precedentes”.

“A possibilidade de termos novas medidas de estímulo para as economias, para fomentarem o crescimento e inflação, continuam a suportar esta tendência. No mundo já temos mais de 16 triliões de dívida com yields abaixo de zero e Portugal não foge à regra uma vez que já tem yields negativas para maturidades até os 8 anos. O cenário atual tem vindo a ser muito benéfico para Portugal pois tem vindo a permitir reduzir o custo médio da nossa dívida”, acrescenta o profissional.