A Legg Mason prepara os seus investimentos para um mundo pós-Brexit. A entidade norte-americana abriu oficialmente um escritório em Dublin, que passará a ser o hub de gestão e distribuição europeia das suas gamas de fundos irlandeses. Assim, com o objetivo de continuar a oferecer os seus serviços aos clientes europeus, os escritórios europeus existentes na Alemanha, Itália, Espanha e França passarão a ser subsidiárias da LMI Irlanda. Não há impacto algum para o investidor ibérico já que os fundos já estavam domiciliados na Irlanda.
Este passo é uma ampliação das suas operações em Dublin já que a estrutura, LMI Irlanda, existia desde 1997 e com cerca de 80 fundos aí domiciliados. A partir de agora o escritório supervisionará temas de investimento, finanças e risco. A gestão dos fundos irlandeses continuará delegada às entidades filiadas, pelo que na prática não serão impactados.
Para além disso, a LMI Irlanda pediu autorização ao Banco Central da Irlanda para oferecer serviços de gestão de carteiras individuais para contas de clientes segregados no EU27 pós-Brexit. A gestão dessas carteiras também estará delegada às nove filiais independentes. “Isto oferece aos clientes variedade em termos de veículos e estratégias”, afirmam no comunicado.
A nova equipa, composta por cerca de seis pessoas, será liderada por Penny Kyle, que tem estado a trabalhar na equipa do projeto estratégico nos últimos dois anos. Kyle também foi a responsável de ações norte-americanas na filial da Legg Mason, Martin Currie. A entidade prevê que continuará a contratar ao longo de 2019.
"A Irlanda é um domicílio estratégico chave para os fundos de investimento e é um membro comprometido da União Europeia, o que nos dá total acesso ao referido mercado. Mas estes não são os únicos motivos; também partilha um claro quadro cultural e um regime regulatório forte. Faz um grande trabalho para atrair negócios, assim como para oferecer as aprovações oportunas para novos produtos e outras vantagens operacionais”, comenta Kyle no comunicado.
