Jupiter Dynamic Bond: análise dos selecionadores europeus

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O Jupiter Dynamic Bond é, atualmente, o fundo no qual mais confiam os selecionadores e assessores financeiros europeus.

Esta estratégia da Jupiter, o décimo segundo fundo que mais entradas recebeu no primeiro trimestre a nível europeu e que conta com triplo Selo Funds People (Favorito dos Analistas, Blockbuster e Consistente), recebe, de momento, a nota máxima por parte dos profissionais que analisaram e pontuaram este produto na plataforma da SharingAlpha, uma start-up que classifica os fundos de investimento a partir das valorizações qualitativas proporcionadas pelos assessores e selecionadores de fundos de todo o mundo. Os profissionais que avaliaram o produto mantêm uma forte convicção na estratégia, a qual consideram que gerará alfa batendo, de maneira significativa, o índice de referência no futuro. O Jupiter Dynamic Bond foi avaliado por Jon Beckett (Reino Unido), Michael Müller (Suíça) e Jorge González Gómez (Espanha), entre outros profissionais. Os três incorporam o grupos dos 20 profissionais que demonstraram ter uma maior capacidade na hora de avaliar o comportamento futuro de um fundo em relação ao índice de referência, mais concretamente, face ao ETF mais comparável.

Para o analista de fundos da Tressis, Jorge González Gómez (à direita da imagem), este é um fundo que investe principalmente em obrigações corporativas, incluindo high yield, mas também em dívida pública, convertíveis e títulos de mercados emergentes. “Ariel Bezalel, gestor do fundo desde 2012 e responsável de estratégias de obrigações da Jupiter, tem 19 anos de experiência na gestão de dívida pública e privada, com um excelente track record. Na hora de selecionar os ativos, combina a análise macroeconómica com os fundamentais. É muito flexível em termos de duration e alocação sectorial. O seu processo de investimento começa com uma visão sobre as perspectivas macroeconómicas, a qual determina a duration da carteira e o posicionamento na curva. A partir desse momento, o gestor coloca o seu foco na seleção individual dos títulos, apoiando-se não só nos restantes membros da equipa de obrigações da Jupiter, mas também nos gestores de ações da gestora”, explica González Gómez. Atualmente, mais de 20% da carteira está investida em títulos abaixo de investment grade, tal como revela Michael Müller, analista de fundos na Suíça (ao centro da imagem).

Müller mostra uma grande confiança na gestão de Bezalel. “Num ambiente em que se procura desesperadamente retornos positivos, a experiência do gestor e a sofisticação do processo de gestão de risco que leva a cabo fazem-me crer que o fundo poderá obter retorno sem assumir riscos que não sejam razoáveis”, assegura o especialista. Jon Beckett, uma das vozes mais respeitadas na indústria de fundos na Europa e autor da obra New Fund Order, também mantém um alto grau de confiança no produto, mas a sua análise sobre a estratégia é muito mais crítica. ‘JB’ como é usualmente conhecido este profissional britânico, reconhece que passaram muitos anos desde a última vez que investiu com Bezalel. “A sua experiência é inquestionável mas, com um património de cerca de 10.000 milhões de euros, esta estratégia parece-me demasiado grande”.

Segundo Beckett, com uma current expense ratio de 64 pontos base para a classe institucional em euros, “o fundo não é nem a opção mais cara, nem a mais barata. Pessoalmente, procuraria maior poupança, dadas as perspetivas dos títulos. O fundo propõe-se a gerar rentabilidades elevadas, o que implica volatilidade, pelo que acaba por ser adequado para investidores que estejam dispostos a aceitar estas flutuações com o objetivo de bater o índice a longo prazo. A duration do fundo, que roça os quatro anos, é notavelmente inferior à do índice Barclays Global Agreggate. Isto é algo habitual entre os concorrentes de Bezalel, que têm vindo a cortar a duration desde meados de 2016, em alguns casos muito mais do que o gestor da Jupiter, renunciando a rentabilidade quando as emissões se viram enfraquecidas no quarto trimestre”, explica o profissional britânico.