JP Morgan AM acredita que o crescimento global será entre 2,1% e 2,5% em 2013

Manuel_Arroyo
Cedida

Depois do ano de 2012 ter apresentado baixo crescimento económico a nível global (só impulsionado por determinadas economias emergentes, o que compensou o a subida nula ou tímida dos países desenvolvidos), a economia mundial, em 2013, vai entrar numa "fase de crescimento", de acordo com a JP Morgan AM, que faz referência às previsões emitidas pela casa mãe: crescimento do PIB mundial entre 2,1% e 2,5%. Neste sentido, as primeiras duas potências económicas, no presente, EUA e China, devem crescer 2% e 8%, respectivamente.

Por um lado, os EUA, cujos número crescem a um ritmo mais lento em relação à sua média histórica, não deixam, apesar de tudo, de crescer. Prova disso são algumas das figuras mais importantes do sector privado, o qual apresenta sinais de recuperação através de aumentos nas vendas de veículos ligeiros e dados relativos à construção de casas.

Por outro lado, a China que não apresenta problemas de défice e dívida pública, deverá, de acordo com a gestora, implementar, em breve, medidas de estímulo. Na verdade, hoje em dia, segundo comentam os analistas da JP Morgan AM, se se aplicassem os critérios do Tratado de Maastricht (défice de 3% em relação ao PIB e dívida de 60% do PIB), apenas a China os cumpriria.

No entanto, desde a JP Morgan AM apontam para determinados riscos que podem constituir um obstáculo para a fase de expansão que definem. Entre eles estão o recente acordo norte-americano sobre o precipício fiscal (pelo qual todos os americanos empregados deverão contribuir com mais 2% para a segurança social), a próxima negociação, entre democratas e republicanos, nos EUA, relativamente ao tecto da dívida (onde as diferenças políticas podem causar volatilidade nos mercados), a oferta de crédito (onde devem reduzir-se restrições ao acesso para que, por exemplo, a Europa comece a crescer) ou factores geopolíticos que apontam para o Médio Oriente, em geral, e Irão, em particular, submergido em tensões internacionais profundas relativamente ao uso duvidoso de energia nuclear.

Perante todas as incertezas económicas e políticas, os principais bancos centrais apostarão pela continuidade e baixas taxas de juro nas respectivas políticas monetárias, prevê Manuel Arroyo, director de estratégia da JP Morgan AM, que reconhece que nomearia Mario Draghi como "o homem do ano".

Voltar às acções

A gestora norte-americana acredita que a tendência, nos próximos anos, será o de aumentar o risco da carteira e investir em acções, uma vez que o rendimento actual está abaixo do nível da inflação e, a seguir uma evolução normal, deverá subir e, portanto, conduzir o investidor para este tipo de activos.

Sem dar nomes de valores específicos, Arroyo reconheceu que apostam pelos mercados norte-americano, europeu ou japonês e estão dispostos a assumir um viés significativo em acções na estratégia de investimento da JP Morgan AM. Por exemplo, no que diz respeito às acções europeias, a gestora destaca sectores como bancos, aqueles orientados para a exportação (produtos farmacêuticos, tecnologia e automotivo) ou acções de alta rendibilidade por dividendo (como telecomunicações e serviços público).