J.P. Morgan AM: “A bolsa europeia está a ficar mais barata comparativamente com a dos EUA”

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Kris Sage, Flickr, Creative Commons

Nas últimas semanas de 2014 as bolsas caíram, chegando a perder aquilo que ganharam durante o ano, muito por causa da queda do preço do petróleo, que voltou a despertar os temores sobre o futuro da economia mundial. “Apesar do menor custo do crude dever contribuir para estimular o crescimento da maioria dos países, a rapidez das quedas é desconcertante e já fez com que alguns se perguntassem se a economia mundial poderá estar ameaçada”, assegura David Stubbs, estratega global de mercados da J.P. Morgan AM. Mas... o que gera uma maior inquietação para o investidor? Os máximos da bolsa americana ou a situação na Europa?

Segundo o especialista, para os mercados é mais preocupante a situação da Europa comparativamente com a dos Estados Unidos. “Apesar da volatilidade ‘intraday’, a pior queda registada pelo S&P 500  desde os máximos de novembro foi de apenas -0,68% e o mercado tem ganho mas de 11% desde o início de 2014. Pelo contrário, o mercado europeu perde cerca de 0,5% e situa-se aproximadamente 4,5% abaixo do máximo marcado no início de dezembro do ano que terminou”. Na gestora têm analisado o prémio de valorização das ações norte-americanas face às europeias. Tendo como referência a diferença entre o PER das ações norte-americanas e europeias, a conclusão a que chegam é que a Europa está a ficar mais barata face aos EUA.

Isto conduz inevitavelmente à seguinte pergunta: quais foram os sectores que mais se embarateceram na Europa em 2014 e quais subiram de preço? “Ainda que o sector energético esteja claramente a ser o grande perdedor entre os sectores de ações europeias, noutros sectores procíclicos também se fizeram notar quedas nos restantes meses de 2014. Esta dispersão das rentabilidades sublinha a importância da gestão ativa na hora de ganhar exposição aos títulos europeus”, afirma Stubbs. No gráfico seguinte pode observar-se qual foi o comportamento dos distintos sectores europeus no ano passado”.