Investidores receosos com a volatilidade dos mercados

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ReSPect@, Flickr, Creative Commons

No ActivoBank, Banco Best e Banco BiG o mês de Junho tornou evidente, no que refere a ‘outflows’ de fundos de investimento, os receios dos investidores. O último mês do semestre foi de maior volatilidade nos mercados accionista e obrigacionista.

Neste sentido, verificaram-se “saídas dos investidores de fundos de obrigações, bastante penalizados em Junho, pelo aumento da volatilidade neste tipo de produtos o que, no entender dos investidores, não era habitual”, destacou Rui Castro Pacheco do Banco Best.

No ActivoBank, registaram-se resgates em fundos de acções de geografias específicas, em estratégias ‘total return’ que, desde o início do ano, têm vindo a perder popularidade entre os investidores e nos fundos de obrigações ‘high yield’ que sofreram algumas correcções no mês. Além de que um dos fundos indicado pela entidade como menos procurado era um fundo de fundos cuja carteira tinha, precisamente, como principais posições fundos de acções, ‘high yield’ e dívida de mercados emergentes em moeda local. Estas foram as classes mais penalizadas pelo aumento da volatilidade e incerteza.

Isabel Soares, do Banco BiG, referiu que “face aos movimentos de correcção no mercado accionista a que assistimos no decorrer do mês de Junho, os maiores 'outflows' registaram-se sobretudo em fundos com exposição a este segmento. À semelhança do que aconteceu no último mês, a lista é dominada por fundos com enfoque regional ou sectorial específico (exemplo disto são os fundos com exposição a países como Tailândia, Japão, Turquia ou ao sector financeiro). Também no segmento de dívida se registaram alguns ‘outflows’”.