Menos de um sexto dos portugueses recorre a planos de pensões individuais

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Viver confortavelmente quando se é mais velho é, por norma, o objetivo daqueles que poupam ao longo da vida para a reforma. No entanto, no caso dos investidores reformados portugueses, existe o sentimento generalizado de que aquilo que pouparam não foi suficiente. É pelo menos essa a conclusão do Estudo de Investidores Globais 2017 da Schroders, que envolveu mais de 22.000 investidores em 30 países. De acordo com este inquérito, em Portugal, os investidores portugueses no ativo poupam em média 9,4% do seu rendimento especificamente para a reforma, no entanto, para viverem confortavelmente durante este período das suas vidas, sentem que deveriam estar a poupar, em média, 12,9%.

De acordo com este estudo, seis em cada dez investidores no ativo (61%) sentem que o seu rendimento na reforma será suficiente para lhes proporcionar uma vida confortável, uma percentagem ligeiramente superior à dos investidores aposentados que pensam que a sua reforma atual lhes proporciona uma vida confortável (56%). Porém, mais de metade (59%) dos investidores portugueses reformados desejava ter poupado mais, incluindo os 17% que desejavam ter poupado bastante mais.

Para os portugueses, a principal fonte de poupança para a reforma são as poupanças e investimentos (20%), seguido das pensões do estado (19%), planos de pensões das empresas (18%) e planos de pensões individuais (12%).

Em termos globais, os investidores sentem que não estão a poupar o suficiente para a reforma, sendo que aqueles que ainda estão no ativo poupam 11,4% do seu rendimento anual quando sentem que deveriam estar a poupar 13,7%, e dois terços (66%) dos investidores aposentados gostariam de ter poupado mais. Só na Europa, os investidores poupam atualmente 9,9% para a reforma, mas gostariam de poupar 12%; na Ásia estão a poupar 13% mas gostariam de poupar 15,3%; e nas Américas poupam 12,5% mas queriam poupar 15%.

Verifique no gráfico abaixo a percentagem do rendimento anual que os investidores ainda no ativo estão atualmente a poupar para a reforma versus quanto é que pensam que deveriam estar a poupar, em cada país:

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Fonte: Schroders, dezembro de 2017.