Investidores mais confiantes relativamente ao futuro da Zona Euro

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BemDevassa, Flickr, Creative Commons

“Durante o mês de Fevereiro continuámos a assistir ao “desfazer” de algumas estratégias de protecção face à incerteza do que iria acontecer à Zona Euro”, sublinha Rui Castro Pacheco, do Banco Best. O sentimento relativamente à Europa e à sobrevivência da moeda única foi alterado após o Presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, ter revelado o seu apoio “incondicional”. Este acontecimento veio, assim, tranquilizar investidores e conduziu a um início de 2013 no qual assistimos ao resgate de fundos que constituíram estratégias alternativas e de refúgio no ano passado. Segundo explica Rui Castro Pacheco, “há cerca de um ano registámos fortes entradas em fundos com exposição a moedas alternativas ao euro e ao próprio dólar americano, como as coroas norueguesas ou suecas, o dólar canadiano ou australiano”.

Assim, no segundo mês do ano, os investidores revelaram “uma propensão para assumir mais risco nos seus portefólios, por contrapartida de saídas de fundos mais conservadores”, afirmou a direcção de marketing do ActivoBank que destacou ainda os fundos com alguma alocação ao mercado de dívida soberana e ‘corporate’ como algumas das estratégias mais defensivas detidas pelos investidores num passado recente. No mesmo sentido, Isabel Soares, do Banco BiG referiu que “o segmento de dívida corporativa foi o que registou maior ‘outflow’”, em Fevereiro.

Desta forma, acompanhando uma melhoria do sentimento dos investidores relativamente à moeda única e ao mercado accionista europeu em detrimento do obrigacionista, a tendência destes primeiros dois meses do ano foi de “uma realocação de activos em novas ideias de investimento que possam gerar outro tipo de retorno”, conclui Rui Castro Pacheco.