Investidores de regresso à Europa, “cederam” também às estratégias sectoriais

Chegou a quase duas dezenas, o número de fundos estrangeiros que investem em ações, presentes na lista dos mais subscritos em julho nas plataformas nacionais que comercializam estes produtos. Nas plataformas do Banco Invest, BiG, Best e ActivoBank, julho foi um mês em que os investidores quiseram beneficiar de um início de mês mais tumultuoso para o velho continente por causa da crise na Grécia.

Embora a Europa tenha sido o claro destino de investimento nas bolsas, na lista de fundos preferidos encontramos exemplares de produtos muito distintos dentro desta zona geográfica. Dos fundos que investem na Europa (tabela abaixo) há lugar para estratégias que investem em empresas de grande capitalização, outras em companhias de pequena capitalização, e ainda exemplares de fundos mais flexíveis, que podem investir em empresas com diferentes capitalizações bolsistas.

Três dos fundos que investem em grandes capitalizadas europeias são o Deutsche Invest I Top Euroland, gerido pela Deustche AWM, o SISF Euro Equity B, a cargo da Schroders e o Invesco Pan European Structured Equity, da Invesco AM. No entanto, dois deles optam por centrar atenções em empresas tanto orientadas para o crescimento como mais tendenciosas ao estilo valor (o fundo da Deutsche AWM e da Invesco), enquanto o da Schroders se concentra em ações "crescimento".

As três estratégias partilham, nos cinco maiores sectores da carteira, a presença do Consumo cíclico e do Consumo Defensivo.  Ainda na lista de fundos que investem nas praças europeias, destaque para um fundo que regressou aos rankings mensais dos escolhidos nas plataformas: o Alken Fund European Opportunities-A. O fundo apresenta nas cinco maiores posições da sua carteira, segundo a página da Morningstar, investimentos na francesa Valeo, nas tecnológicas Western Digital Corp e Seagate Technology PLC, na Peugeot e ainda no Carrefour.

Fundos de ações europeias mais subscritos nas plataformas em julho

No rol das ações, os fundos sectoriais foram uma das grandes apostas dos investidores  no mês passado, como confirmava à Funds People por exemplo João Graça, do ActivoBank, que referia que “no posicionamento dos investidores mais agressivos assistimos a uma clara aposta em setores que se têm mantido consistentes ao longo dos últimos meses, a Saúde e Biotecnologia”. No entanto, neste campo, “jogou-se” pelo seguro e os nomes visíveis são, na sua maioria, mais do que conhecidos, pois repetem-se mês após mês na lista de mais subscritos. Ao nível dos fundos que investem em biotecnologia para além do Franklin Biotechnology Discovery N Acc $, gerido pela Franklin Templeton Investments, há lugar para o Candriam Equities L Biotechnology N Acc USD, da Candriam. Em carteira os produtos partilham algumas posições, segundo a página da Morningstar. Nas cinco maiores posições ambos os fundos apresentam as seguintes empresas: Gilead Sciences, na Celgene, na Biogen e na Amgen.

Fundos de biotecnologia mais subscritos nas plataformas em julho

No que toca às estratégias relativas ao sector da saúde, os fundos destacados são o JPM F Global Healthcare D, da J.P. Morgan Global AM, o Fidelity Funds-Healthcare Fund, da Fidelity Worldwide Investment e ainda o conhecido BlackRock World Healthscience Fund, da BlackRock. No caso destes produtos, as carteiras, como seria de esperar, também têm nomes em comum, como a farmacêutica Novartis AG, a Johnson & Johnson, ou a Roche. 

Fundos do sector da saúde mais subscritos nas plataformas em julho 

A restante lista de fundos de ações mais subscritos é preenchida por nomes que são 'habituées' nos mais subscritos de cada mês: investem em empresas de cariz mais global, enquanto outros se enfocam exclusivamente nos EUA. (tabela abaixo)

Restantes fundos de ações mais subscritos em julho