Invesco adquire provedor de ETFs Guggenheim Investments

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ReflectionPhotographers, Flickr, Creative Commons

Depois da aquisição da Source no passado mês de abril, a Invesco volta a ir às compras: acaba de anunciar a aquisição do fornecedor norte-americano de ETF, Guggenheim Investments, que dispõe de um património de 36.700 milhões de dólares (dados a 31 de agosto). O acordo está estimado em 1.200 milhões de dólares, valor que a Invesco pagará em dinheiro; para se financiar vai utilizar uma combinação de liquidez e dívida.

Espera-se que a aprovação esteja concluída no segundo trimestre de 2018, uma vez que está pendente da aprovação do regulador, acionistas e outros terceiros. Assim que concluída, os ativos sob gestão da Invesco – na sua divisão de gestão passiva Powershares – superarão os 196.000 milhões de dólares a nível global.

Importa recordar que a Guggenheim dispõe de uma autorização da SEC (a entidade reguladora do mercado norte-americano) para atuar como fornecedor de índices. Desta forma, a operação abre a porta à Invesco para começar a desenvolver os seus próprios índices de forma mais barata que outros concorrentes e, assim, poder oferecer aos seus clientes soluções de gestão passiva adaptadas às suas necessidades.

Na gestora indicam que a operação ajudará a “expandir as capacidades da Invesco em investimentos ativos, passivos e alternativos, reforçando a habilidade da entidade para proporcionar soluções que ajudem os clientes a alcançar os seus objetivos de investimento”. Mais especificamente, indicaram que a aquisição ajudará a “expandir a profundidade, amplitude e diversidade dos ETF tradicionais e de Smart beta da Invesco”, assim como “reforçar a competitividade do negócio de intermediários de Wealth Management nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que proporcionamos escala e relevância adicional no crescente mercado global de ETF”.

Na entidade acreditam, ainda, que a compra servirá para “ampliar e aprofundar as relações com plataformas de clientes”, ao oferecer uma gama mais ampla de ETF ao mercado institucional, aprofundando as capacidades de indexação e, finalmente, a “alavancar a escala da plataforma já existente para criar eficiências operacionais”.

Por estas e por outras razões, Martin Flanagan, presidente e CEO da Invesco, afirmou que a compra da Guggenheim Investments “é altamente complementar com a Invesco, e permitirá proporcionar uma das gamas mais compreensivas e inovadoras de ETF de smart beta, inclusive ofertas de obrigações, equiponderadas e produtos auto indexados”.