Instrumentos de liquidez ganham posição dentro das carteiras das gestoras de patrimónios

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JohanvandeSande, Flickr, Creative Commons

Em fevereiro, a gestão de patrimónios voltou a ser um segmento em queda. Segundo o que revela a APFIPP no seu relatório mensal referente ao segundo mês do ano, o valor total gerido por estas entidades decresceu 1,5%, para os 58.262 milhões de euros. (Valor que representa 91,5% do valor global das carteiras sob gestão discricionária em Portugal, de acordo com os dados do Regulador).

Crescimento nas UPs de apenas dois tipos de fundos

Analisando a evolução das aplicações das carteiras das sociedades gestoras de patrimónios, denota-se uma queda de investimento por parte do total das entidades em diverso tipo de “ferramentas”. Olhando por exemplo para a rubrica dos fundos de investimento verifica-se que apenas o investimento em unidades de participação de fundos mobiliários de ações estrangeiros e de fundos de obrigações estrangeiros conseguiram crescer no mês. No primeiro caso, o avanço de janeiro para fevereiro foi pequeno, e o montante investido passou dos 1.715 milhões de euros em janeiro, para os 1.716 milhões no final de fevereiro. No que diz respeito às UPs de fundos de obrigações estrangeiros o aumento de investimento foi mais significativo no mês, chegando perto dos 4,18%, e atingindo os 1.058 milhões de euros.

Liquidez continua a ser um refúgio

Uma das grandes evidências do mês – e que segue uma tendência que tem sido notória – teve que ver com a rubrica da “liquidez + outros ativos”. Segundo o que a Associação mostra no seu relatório, este tipo de aplicação já representa muito perto de 15% do total de montante gerido pelas entidades que executam gestão de patrimónios em Portugal.

Em termos mensais, o crescimento foi de 3,23% e o montante aplicado nesta categoria passou dos 8.128 milhões de euros para os 8.391 milhões de euros no final de fevereiro.