Indústria de fundos global cresceu a uma taxa de 3,9% em 2012

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Veritatem, Flickr, Creative Commons

O relatório analisa as tendências que determinaram os fluxos de fundos em 2012 em cinco mercados chave (Austrália, Canada, Europa, Japão e Estados Unidos) e fornece uma visão global que inclui dados destas regiões assim como de outras nas quais a Morningstar dispõe de dados de rendibilidade e tamanho (71 domicílios no total).

Apesar da incerteza económica mundial, a indústria global de fundos cresceu de forma orgânica a uma taxa do 3,9% em 2012. Excluindo os fundos de mercados monetários, entraram 565 mil milhões de dólares em fundos de investimento durante o ano. Não obstante, estas entradas massivas de capital foram menores que nos anos de 2009 e 2010, nos quais houve subscrições no valor de 746 e 672 mil milhões de dólares, respectivamente.

Por outro lado, a comissão de gestão média que a indústria cobra aos investidores desceu dramaticamente desde 2007 devido a um movimento cíclico em que os investidores se inclinaram mais para produtos de obrigações e fundos menos caros, nas palavras de Syl Flood, gestor de produto da Morningstar. “A tendência global que prevaleceu em 2012 foi o interesse dos investidores por rendimento ('yield') e por uma aparente segurança dos fundos de obrigações. A nível mundial, os fundos desta categoria obtiveram 535 mil milhões de dólares no ano passado, ou seja, quase 95% do total de entradas líquidas de capital no ano".

A categoria de obrigações americanas, que inclui fundos de dimensão da Pimco Total Return ou DoubleLine Total Return, é, claramente, a categoria de maior dimensão, com activos sob gestão de quase 2 biliões de dólares americanos. Os investidores americanos subscreveram 199 dos 227 mil milhões do total de entradas de capital que obteve a categoria em 2012. O fundo da PIMCO é, sem dúvida, a estratégia preferida com 442 mil milhões de dólares sob gestão (incluindo produtos institucionais).

Em 2012, o interesse dos investidores estrangeiros em fundos de obrigações norte-americanas ajudou a um crescimento de 47% desta categoria. Muitos dos fundos mais populares são geridos por profissionais sedeados nos EUA, como AllianceBernstein, Muzinich, Neuberger Berman e PIMCO.

Apesar de 78% dos activos sob gestão em fundos de investimento e fundos cotados (ETFs) continuar em fundos de gestão activa, os produtos de gestão passiva alcançaram 41% das subscrições líquidas estimadas em 355 mil milhões de dólares, no ano passado. Com a excepção da Austrália e Nova Zelândia, os fundos indexados cresceram muito mais rápido que os fundos de gestão activa em todas as regiões, com os EUA a liderar o interesse dos investidores por estratégias passivas mais baratas. 

Os fundos mais recentes, aqueles com um historial menor a três anos, captaram 87% do valor total de entradas de capital em 2012 a nível global. Vanguard e PIMCO tiveram 16 e 18%, respectivamente, do total de entradas de capital a nível mundial no ano passado.

 O relatório examina cada mercado chave em detalhe, analisando os fluxos por classe de activo, categoria Morningstar e sociedade gestora, e observando o lançamento de novos fundos e a dinâmica  de fundos activos frente a passivos em cada mercado. O comentário inclui os 71 domicílios nos quais a Morningstar analisa os fluxos de fundos,  o que representa 20,7 biliões de dólares em activos, e além disso tem em conta o 1,9 biliões de dólares correspondentes ao universo de ETFs monitorizado pela Morningstar.