Incerteza das taxas de juro constitui desafio para investidores no mercado de obrigações

“A busca de alternativas  de investimento deverá ser a tónica do mercado de renda fixa nos próximos meses, que poderá expandir para o segmento de títulos corporativos”, refere a última edição do Panorama ANBIMA. Na base desta afirma-se está o actual cenário tanto interno como externo do Brasil que contribuiu para a valorização das obrigações com maior 'duration', de acordo com dados do “Panorama da ANBIMA”, de Outubro.

O crescimento da produção industrial na maioria dos ramos da actividade, em Agosto, e o aumento da confiança na indústria, em Setembro, constituem sinais de recuperação da economia. No entanto, ainda não são suficientes para recerter o fraco desempenho de 2012, daí que o Banco Central do Brasil tenha revisto em baixa o crescimento do PIB, de 2,5% para 1,5%, segundo a mesma fonte. 

Igualmente, no mercado doméstico, as reacções ao investimento foram reduzidas ou até inexistentes o que, em conjunto, com a constatação de que o abrandamento do dinamismo global ainda está para durar, motivaram a descida da taxa de juro de referência  - taxa Selic – para o actuais 7,25%. 

Salienta-se, também, a inflação implícita que indica expectativa de maior pressão sobre os preços no curto prazo o que originou a subida das projecções da mesma para 2012 e apenas um recuo em 2013, por parte do Comité Macro da ANBIMA. 

Finalmente, apenas é esperado o fim da queda dos juros em 2013, sendo  a prospecção do índice nacional de preços ao consumidor amplo de baixa, nesse ano, dos 5,5% para 5,31%.