IM Gestão de Ativos: “A concretização das promessas eleitorais de Trump no campo fiscal serão determinantes”

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Apesar do crescimento sólido que tem vindo a acontecer desde o último ano, a gestora IM Gestão de Ativos espera uma “manutenção do ritmo de crescimento”. “No entanto, nos EUA, os indicadores qualitativos registaram subidas acentuadas nos últimos meses que não foram completamente materializadas em crescimento real”, complementa a gestora na apresentação das perspetivas de investimentos para o segundo semestre. Tudo isto numa “economia próxima do pleno emprego e com o crédito a desacelerar”, sendo que “a concretização das promessas eleitorais do Presidente Trump no campo fiscal serão determinantes para que o crescimento não fique aquém das expetativas”.

“Na Zona Euro, o crescimento deverá manter-se robusto e acima do potencial dado o output gap que ainda existe e as condições monetárias favoráveis”, afirmam da IMGA.

Por outro lado, na China, o cenário não é tão otimista, continuando a ser das principais economias a que apresenta mais desequilíbrios, “e o tightening recente na política monetária poderá impactar negativamente o crescimento na segunda metade do ano”. Ainda sobre o maior país da Ásia Oriental, a gestora adianta que “em 2017 há um particular incentivo para manter o status quo dado o Congresso do Partido Comunista Chinês, onde vai ser eleita a nova liderança do partido e do país”.

Relativamente às classes de ativos onde se mostram mais confiantes e preveem melhor retorno, o destaque vai para “ações europeias com enviesamento para small caps, ações de mercados emergentes, inflation linked em EUR e USD, obrigações de mercados emergentes e JPY, dado o nível de valorização e o facto de ser um ativo diversificador”. Contudo, a gestora adverte ainda para os principais riscos, como a “normalização do Balanço da Reserva Federal, a normalização do QE por parte do BCE; a desaceleração da economia chinesa na sequência de políticas mais restritivas a nível monetário e a nível regulatório, especialmente a incidir sobre a atividade de shadow banking; e valorizações muito elevadas das ações nos Estados Unidos, o que revela níveis de complacência extremos e coloca segmentos de risco em situação de alguma vulnerabilidade”.

Para concluir, no que toca aos fundos de investimento que aconselha neste período em análise, a IMGA indica os fundos mistos, pois são aqueles capazes de oferecer “uma melhor proposta de valor, tendo em conta as valorizações elevadas em que se encontram, tanto em ações como em obrigações”.