Ideias de investimento do UBS Global AM no contexto de dissonâncias políticas na Europa

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No InvestiGate de Março e Abril, no UBS Global AM é referido que os políticos da Zona Euro têm o objectivo da estabilidade, na crença de poder resgatar da falência os Estados-membros com uma dívida excessiva impondo impostos sobre os depósitos dos (pequenos) aforradores. “Esta intervenção pode revelar-se um cavalo de Tróia de grande instabilidade. As finanças de um Estado devem ser limpas através do regime normal de impostos e não acedendo às poupanças dos cidadãos. Há injustiças económicas e dissonâncias políticas na Zona Euro”, referem Thomas Rose e Pascal Guillet da equipa de investimentos e gestão de risco da entidade. “A organização do estado das finanças e do próprio sistema bancário cipriota devia basear-se numa visão realista do modelo de crescimento do país”, acrescentam.

“Onde está a liderança” é a pergunta feita pelos dois profissionais, respondendo que “a existir uma liderança, isso teria significado, no caso do Chipre, uma vigilância efectiva. Nada foi aprendido com os erros da Grécia”. Thomas Rose e Pascal Guillet afirmam ainda que “a expropriação dos aforradores destrói o modelo económico europeu, porque a liberdade de propriedade é um dos pilares de suporte de uma economia de mercado capitalista. No Chipre, o Estado irá acabar com isso e os danos causados vão deixar vestígios duradouros, independentemente da forma como terminem as negociações subsequentes”.

Thomas Rose e o seu colega de equipa, Pascal Guillet, concluem apontando as suas ideias de investimento para o mês de Abril. “Estamos positivos em acções de empresas de grande capitalização da Europa Continental e mercados emergentes. Num ambiente de baixo crescimento, inflação moderada e baixas taxa de juro, as obrigações corporativas ‘high yield’ e ‘investment grade’ estão relativamente mais atractivas neste universo de investimento. Além destas as obrigações de maturidades curtas que são menos sensíveis ao risco taxa de juro, são interessantes dado que reduzem o risco de perdas na eventualidade de caso de subida das taxas de juro. Os profissionais indicam ainda o expectável aumento da atractividade do ouro, após a recente correcção.