Haitong Bank e Casa de Investimentos terminam 2019 a brilhar na gestão de patrimónios

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Decréscimo em termos trimestrais. Foi assim que terminou o segmento de gestão individual de ativos em Portugal no fecho de 2019,  muito embora o volume total gerido por este segmento tenha continuado acima da barreira dos 60 mil milhões de euros (mais concretamente 62.353 milhões de euros). O decréscimo, conta a CMVM nas informações dos indicadores trimestrais da gestão de ativos referentes aos últimos três meses do ano, foi ainda robusto: 6,5% face ao trimestre anterior. 

Para esta queda contribuiu também uma alteração da estrutura de mercado. "O número de entidades a gerir carteiras por conta de outrem diminuiu para 34", diz o regulador. O EuroBic (Banco BIC Português) deixa de apresentar números neste segmento no último trimestre do ano, como se pode ver na tabela abaixo, encurtando o universo de entidades deste segmento para 34.  A este propósito recorde-se que o EuroBic foi vendido ao espanhol ABANCA recentemente.

Novo top quatro

Em fecho de ano as grandes mudanças aconteceram no top quatro das maiores gestoras de patrimónios, com uma configuração bem distinta da apresentada três meses antes.  Como já referido, a BPI GA deixou de gerir algumas carteiras da BPI Vida e Pensões e, portanto, esse volume deixou de engrossar o “bolo” da entidade. Embora a Caixa Gestão de Ativos e a BMO Portugal se mantenham, respetivamente, no primeiro segundo lugares do ranking, a GNB GA e a Santander AM ascenderam na lista de maiores entidades gestoras de património, gerindo 6.194 milhões de euros e 6.008 milhões de euros, respetivamente.

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Os dados da CMVM permitem também inferir sobre quais as entidades que mais avançaram na sua quota de mercado no ano, e a este nível o nome que salta à vista é sem dúvida o da BMO Portugal. O regulador reporta um crescimento de 2,15 p.p na quota de mercado da entidade face ao final de 2018; em dezembro geria 15.353,5 milhões de euros, e sua preponderância no segmento era de 24,6%. Em termos absolutos, como visível na tabela acima, a entidade foi aquela que mais cresceu, no caso mais de 900 milhões de euros.

Em termos absolutos os quase 700 milhões de euros arrecadados pela Santander AM também foram significativos (e contribuíram para a sua subida no ranking), a par da variação absoluta de mais de 580 milhões de euros da GNB GA.

Percentualmente os destacados fazem olhar-nos mais abaixo no ranking de ativos geridos: são o Haitong Bank e a Casa de Investimentos que “brilham”, tendo crescido no ano 63,3% e 47,3% respetivamente. Na mesma linha, destaque ainda para o avanço de 45,4% protagonizado pelos ativos do Banco Invest.