Grupo Novo Banco: comissões da gestão de ativos e bancasseguros recuam no 1.º semestre

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Cedida

O primeiro semestre do ano trouxe um resultado recorrente ao Novo Banco positivo de 34 milhões de euros, que, segundo expressa a entidade em comunicado, é “demonstrativo da capacidade de geração de receita do Grupo e de sustentabilidade futura, representando uma inversão sobre os resultados negativos do último trimestre. Como comentam, o “incremento do resultado operacional core recorrente para 162,2M€ (+7,6%)”, foi resultado da “otimização dos custos operativos e da manutenção do produto bancário comercial, apesar do atual contexto de pandemia que afetou desfavoravelmente o comissionamento”.

Relativamente aos resultados do Grupo Novo Banco, o semestre fechou com um resultado negativo de -555,3 milhões de euros, justificado em 91% pelas “perdas de (i) -260,6M€ resultado da avaliação independente aos fundos de reestruturação, (ii) -138,3M€ de imparidade adicional para riscos de crédito decorrentes da pandemia COVID-19, (iii) -78,7M€relacionados com a cobertura de risco de taxa de juro de títulos de dívida publica portuguesa e (iv) -26,9M€ de reforço da provisão para reestruturação”.

Pandemia afeta comissionamento

O comissionamento decorrente da prestação de serviços bancários a clientes embora positivo nos primeiros seis meses do ano, diminuiu 10,6% face ao período homólogo. Saldou-se em 136,3 milhões de euros, uma variação de -16,1 milhões de euros comparativamente com os mesmos seis meses de 2019. O comissionamento dos serviços a clientes da gestão de ativos e bancasseguros também sofreu uma retração no período, de -14,1% para os 28,8 milhões de euros.  A entidade justifica que “neste período as comissões registaram uma diminuição generalizada a nível de produtos, condicionadas por um menor nível de transações e pelo atual contexto da atividade bancária em Portugal, negativamente afetada pela pandemia COVID-19”.

 

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Os recursos totais de clientes, ainda assim, conseguiram crescer no semestre. Totalizaram 35 milhões de euros, sendo neste campo o destaque dos depósitos, que cresceram 3,4%. No final do primeiro semestre, estes ativos tinham  um peso de 82,2% no total dos recursos. Em sentido contrário evoluíram os recursos de desintermediação: -3,9%  no período, tendo terminado junho nos 4.734 milhões de euros.

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