Para a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), os fundos flexíveis são produtos “que não assumem qualquer compromisso quanto à composição do património nos respectivos documentos constitutivos”.
Entre as sete entidades que gerem fundos flexíveis, segundo os dados da APFIPP, aquela que tem mais produtos em mãos é a GNB Gestão de Ativos. A entidade gere seis produtos de investimento flexíveis, que somavam no final do mês passado mais de 75 milhões de euros de património.
Entre a meia dúzia de fundos que a entidade tem sob sua responsabilidade, o maior é o NB Estratégia Activa II. Paulo Joaquim é o gestor responsável pelo produto e no final de junho mais de metade da carteira estava investida em obrigações governamentais. Em termos de rendibilidade, o fundo nos primeiros sete meses de 2015 regista uma valorização de 1,03%, segundo os dados disponibilizados pela Morningstar. De destacar ainda que este fundo saiu premiado duplamente nos últimos meses: nos Morningstar Awards ao ser galardoado como “Melhor Fundo Nacional Misto Defensivo Euro” e nos Prémios APFIPP/Diário Económico como “Melhor Fundo Flexível”.
Na lista dos fundos que gere, esta entidade tem ainda dois produtos que superam os 10 milhões de euros em património: o NB Plano Prudente e ainda o NB Estratégia Activa. O primeiro é gerido por Marta Martins e tinha em património, no final do mês passado, quase 19 milhões de euros. Já o segundo é também ele gerido por Paulo Joaquim, e fechou o mês de julho com mais de 15 milhões de euros de ativos geridos.
Em termos de composição da carteira, o fundo gerido por Marta Martins no final de junho tinha quase metade do investimento realizado em obrigações, ao passo que o fundo de Paulo Joaquim tem mais de metade da carteira aplicada em títulos de dívida soberana.
Os fundos NB Plano Crescimento, NB Plano Dinâmico e NB Brasil fecham o lote dos fundos flexíveis geridos pela entidade. O primeiro está sob a responsabilidade de Marta Martins. Susana Vicente é a responsável pelo segundo, enquanto Ricardo Santos é o gestor do produto que investe no mercado brasileiro.
Santander Asset Management: a entidade com maior volume
Apesar da GNB Gestão de Ativos ser a entidade que tem mais produtos flexíveis, não é a instituição que gere o maior património a esse nível. Nessa condição está a Santander Asset Management, que no final de julho tinha mais de 161 milhões de euros distribuídos por apenas um produto: o Santander Global. O produto em 2015 apresenta uma rendibilidade de 1,58% e as suas maiores posições, no final de junho, estavam em diferentes obrigações corporativas de empresas europeias, e também algumas unidades de participação de fundos da própria casa e internacionais.
Fundos da Optimize lideram em 2015
Os fundos flexíveis mais rentáveis, nos sete primeiros meses de 2015, são ambos geridos pela Optimize Investment Partners. O mais rentável é o Optimize Europa Valor seguido do Optimize Investimento Activo com 11,55% e 11,47%, respetivamente. A mesma situação acontece se analisarmos o mesmo segmento, mas com o prazo de um ano.