Gestão discricionária reduziu investimento em ações nacionais

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Segundo o relatório trimestral publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o montante sob gestão detido pelas entidades a gerir carteiras por conta de outrem registou um crescimento trimestral de 1,1%, tendo-se fixado nos 64.581,1 milhões de euros – mais 3% face ao trimestre homólogo.

Olhando para a composição da carteira verificamos que, no segundo trimestre deste ano, se registou uma queda de 4% das aplicações em dívida pública nacional, este que é o segmento que maior preponderância apresenta. No segmento das ações observou-se a mesma dinâmica, tendo-se registado uma queda trimestral de 8,7% do investimento em ações nacionais. Quanto às aplicações no segmento de obrigações, as obrigações estrangeiras registaram um aumento trimestral de 1,6%, enquanto que as aplicações em obrigações nacionais cresceram 0,1%. Já do lado das unidades de participação em fundos estrangeiros, o peso destas continua a aumentar, representando já 14,1% da carteira total (no final do trimestre passado o peso era de 13,6%). O investimento neste segmento, por sua vez, cresceu 4,7% em comparação com os primeiros três meses do ano.

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Fonte: CMVM

A redução de investimento em valores mobiliários nacionais durante o segundo trimestre de 2018 parece ser clara. De facto, de acordo com o relatório, as aplicações em valores mobiliários cotados em Portugal decresceram 3,9%. Quanto aos restantes países, EUA, Espanha e Alemanha foram aqueles que maior crescimento trimestral registaram, com 8,4%, 7,4% e 4,9%, respetivamente.

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Fonte: CMVM

A nova sociedade gestora de patrimónios do mercado

Quanto ao contexto do mercado nacional de entidades a gerir carteiras por conta de outrem, a Caixagest, a BMO GAM (ex F&C Portugal) e a BPI Gestão de Activos mantiveram a sua posição, apresentando uma quota de mercado de 35%, 22,4% e 11%, respetivamente.

Verificou-se, por outro lado, a entrada de um novo player no mercado, elevando o número total de entidades no mercado nacional para 38. Chama-se LM Capital Wealth Management e apresenta uma quota de mercado de 1,2%, decorrente de um volume de ativos sob gestão de 752 milhões de euros.

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Fonte: CMVM