Os últimos meses no segmento de Gestão de Patrimónios têm sido marcados por uma quebra nos ativos sob gestão. Segundo os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – referentes ao final do mês de junho, nessa data o segmento registava um volume sob gestão de 57.151,4 milhões de euros. Comparativamente com o final do mês anterior, houve uma quebra de 0,5%, e face ao final do ano passado a descida é de quase 5%. Não podemos esquecer que este valor representa 91,1% do “valor total de gestão individual de activos em Portugal”, segundo informa a Associação.
Mesmo com esta descida no primeiro semestre do ano, o valor sob gestão é o maior desde 2012. Face à primeira metade do ano passado, o valor cresceu mais de 3%, numa proporção de quase dois mil milhões de euros. Se compararmos com junho de 2012, então a subida é superior a 20% com o incremento em termos monetários a roçar os dez mil milhões de euros.
Quase sempre na casa dos 50 mil milhões
Nos cinco períodos analisados, apenas em 2012 o valor total sob gestão das entidades que gerem patrimónios e que são associadas na APFIPP não ultrapassou os 50 mil milhões de euros. Se analisarmos, em termos médios, o valor situa-se acima dos 53 mil milhões de euros entre 2012 e 2016.
Mudam os nomes...mas fica tudo na mesma
Se analisarmos as maiores entidades nacionais que gerem patrimónios, o top três segue inalterado. A Caixagest era em 2012 e continua a ser atualmente a maior entidade nacional com um património de quase 22 mil milhões de euros. Face ao final do primeiro semestre de 2012 o valor aumentou em quase 30%. A BMO GAM (em 2012 era denominada de F&C Portugal) segue logo depois com mais de 13 mil milhões de euros. Também a terceira maior entidade mudou a sua denominação: passou de ESAF para GNB Gestão de Ativos e entre 2012 e 2016 aumentou o seu património em 40% para mais de 7.200 milhões de euros.
Evolução dos ativos sob gestão
Fonte: APFIPP