Fundos portugueses de obrigações dão “salto” para os 2 mil milhões de euros sob gestão

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3W Giant Mart, Flickr, Creative Commons

Os produtos nacionais que investem nos mercados de ações, como temos vindo a reforçar, apresentam um crescimento de património significativo.  Ainda assim, e contrariamente à maioria dos países que a EFAMA reflete no seu último relatório, Portugal inclina-se mais para o investimento em obrigações, face àquele que faz em ações. 

Na média europeia, 36,5% dos fundos investem nos mercados bolsistas, enquanto 28,6% dos produtos têm como universo de investimento as obrigações. O caso nacional é inverso: apenas 13,6% do investimento é reunido pelos fundos de ações, enquanto 24,7% cabe aos fundos de obrigações. 

Número de fundos inalterado...

O último relatório trimestral da EFAMA, com informações referentes aos três primeiros meses do ano, mostra que o nosso país, em março deste ano, tem o  mesmo número de fundos pertencentes a esta categoria, do que no final do ano passado: 34 fundos de obrigações. 

... mas valor gerido avança

O número de fundos é o mesmo, mas o património cresceu significativamente. Os fundos portugueses de obrigações ganharam fôlego no primeiro trimestre do ano e cresceram 142 milhões de euros face ao final de 2013, alcançando os 2.205 milhões de euros sob gestão. Ainda nas categorias mais defensivas destaca-se também o crescimento do valor gerido pelos fundos de tesouraria. Se no final de dezembro de 2013 tinham 1.109 milhões de euros sob gestão, no término de março avançaram para os 1.183 milhões de euros. 

Fundos de fundos: crescimento em todas as vertentes

Uma das categorias que também conseguiu crescer em termos de património, foram os fundos de fundos, muito impulsionados pelo maior número de produtos existentes. A “gama” destes fundos no nosso país é agora de 23, face aos 16 que existiam no final de 2013. Assim, no final de março, existiam 659 milhões de euros geridos pelos fundos de fundos, face aos 427 milhões de euros do trimestre anterior.