Fundos imobiliários têm vindo a reduzir o investimento em escritórios

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Junnn, Flickr Creative Commons

Depois de um panorama geral sobre o investimento no mercado imobiliário nacional, e sobre a dinâmica  que os investidores estrangeiros têm no mercado, a Cushman & Wakefield não esqueceu o papel dos fundos imobiliários nacionais neste mercado.

No seu “Guia Ibérico de Investimento Imobiliário 2018”, a consultora começa por lembrar a “elevada concentração da indústria no top 3 das gestoras de fundos imobiliários, que representam mais de 35% dos ativos sob gestão, ou seja, cerca de 3.900 milhões de euros”. A maior fatia, claro, é pertencente aos fundos imobiliários fechados, que nas contas da entidade representam 64% do volume total dos ativos geridos por fundos imobiliários nacionais.

A análise aos portefólios por parte da entidade mostra a predominância de um sector em específico: o mercado de escritórios, com um valor de 3.200 milhões de euros investidos pelos fundos, o correspondente a 35,3% dos ativos totais dos produtos. Desde 2005, contudo, que a proporção alocada a este sector tem vindo a diminuir, essencialmente devido “ao aumento do mercado residencial, bem como de outros ativos como parques de estacionamento, hotéis e instalações de saúde ou educativas”.

2007 é outro marco assinalado pelo documento. A Cushman & Wakefield recorda um notório aumento de investimento no sector residencial – que hoje em dia se situa nos 1.370 milhões de dólares – como resultado, dizem, da criação dos Fundos de Investimento Imobiliário de Arrendamento Habitacional. Outro dos aspetos salientados pela entidade é o facto de o sector “imobiliário de retalho continuar a estar subrepresentado nos fundos de investimento imobiliários perfazendo apenas 1.790 milhões de euros”.

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