Fundos dos mercados emergentes em queda

3133470028_ef7913f592_o
photo240779, Flickr, Creative Commons

Segundo o relatório do EPFR Global,  a terceira semana de agosto foi madrasta para os fundos de ações dos mercados emergentes, já que essa classe teve o pior desempenho semanal desde meados do segundo trimestre do ano passado, atingindo uma queda de 4,41%. O total dos resgates totalizaram 1,720 mil milhões de dólares com a Ásia ex-Japão e os fundos de ações da América Latina a  representarem grande parte das saídas. Os investidores de retalho continuam a manter a sua distância, ou seja, continuam comprometidos com esta classe de fundos desde do início do segundo trimestre do ano.

Os fundos de ações do BRIC continuem com os resgates a serem maiores do que as captações. Os fundos dedicados ao Brasil bateram o valor mais alto de resgates das últimas 35 semanas, já a China vai na 15ª semana consecutiva de resgates.

Já os fundos de ações EMEA também atingiram o valor mais alto de resgates desde do final de junho, com a justificação para este facto a pender para o enfraquecimento da economia russa e para o conflito existente no Médio Oriente. As saídas da Europa Emergente, em fundos regionais, atingiu o máximo dos últimos três meses, mesmo com os dados económicos que animaram a Europa nas últimas semanas.

Fundos de ações Europa ganham terreno

Os fundos de ações dos mercados desenvolvidos atingiram, pela primeira vez desde final de junho,  os níveis elevados  de resgates que aconteceram no final de 2011. Para esse valor ser atingido em muito contribuíram os fundos de ações dos Estados Unidos.

Já os investidores olham para a Europa e mantém a sua preferência no Velho Continente, quando confrontados com a exposição regional versus país. Assim, os fundos de ações Europa aumentaram as suas subscrições para níveis do primeiro trimestre de 2007, antes da crise ter rebentado.   

Já os fundos que têm como benchmarking o Japão, registaram resgates. Os dados continuam a mostrar uma recuperação liderada pelas exportações e um maior otimismo entre os consumidores japoneses. Mas os ganhos recentes vêm com o custo de um crescente deficit na economia nipónica.