O mercado doméstico de fundos de investimento, no Brasil, tem um património líquido de 2.189 mil milhões de reais (valor de Dezembro de 2012), para os quais contribuíram os 97,6 mil milhões de reais captados no ano passado. O valor desta captação líquida foi o terceiro maior da série, segundo dados publicados pela ANBIMA, sendo inferior, apenas, ao observado em 2010, 113,3 mil milhões de reais, e 2011, 99,1 mil milhões de reais.
As categorias Previdência, beneficiada pela queda das taxas de juros, e Multimercados, favorecida pelo objectivo de diversificação por parte dos investidores, foram as líderes em captação líquida, em 2012. Assim, os fundos de previdência registaram entradas no valor de 35 mil milhões de reais, o que representa um crescimento de 38% em relação a 2011. Para além do cenário da baixa das taxas de juro, também, a necessidade de ampliar esforços para assegurar a poupança previdenciária no longo prazo foi uma razão apontada pela ANBIMA como justicativa desta liderança. A mesma associação considera que estamos perante uma tendência que se vai continuar a verificar nos próximos anos.
Apesar do resultado anual ter sido positivo, o mês de Dezembro apresentou o pior resultado desde Outubro de 2008 com um resgate líquido de 15,7 mil milhões de reais. Deste valor, 12,4 mil milhões de reais decorreram do resgate efectuado no último dia do mês, no Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização, classificado na categoria multimercados. Para além destes os resgates líquidos observados nas categorias de obrigações, referenciado DI e curto prazo também contribuíram para esse resultado, refere o boletim ANBIMA deste mês.
No ano, praticamente todas as categorias de fundos apresentam uma captação líquida positiva. A excepção é para a categoria outros que incorpora os fundos cambiais, dívida externa e exclusivos fechados.