Fundos de pensões já valem 20,6 mil milhões de euros

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Depois de lhe termos dado conta, em termos mais genéricos, sobre a evolução do número de fundos de pensões e das contribuições para os mesmos, hoje o foco é na composição das carteiras.

Os dados da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, patentes no Relatório da Evolução da Atividade dos Fundos de Pensões, mostram que no primeiro semestre do ano os ativos geridos pelos fundos de pensões representavam no final do segundo trimestre de 2019 cerca de 20,6 mil milhões de euros, o que corresponde a um acréscimo de 5,7% face aos valores observados no final do ano. A evolução é justificada, segundo o regulador, por um aumento de 5,1% nos fundos de pensões fechados e 10,7% nos fundos abertos.

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Fonte: ASF, final primeiro semestre

Nota para o facto, como visível na tabela acima, do montante gerido pelos PPRs ter vindo a crescer de trimestre para trimestre, pelo menos desde junho de 2018. No final de junho passado estes produtos ultrapassaram mesmo a fasquia dos 600 milhões de euros de montante gerido, o que configura um crescimento de 10% do montante gerido no período.

Também com considerações sobre o desempenho dos produtos, a ASF aponta que “tendo em consideração as contribuições entregues aos fundos e as respetivas pensões pagas, a rendibilidade dos fundos de pensões, face ao final do ano de 2018 foi de 5,22%”.

Carteiras pouco mudam

Pouco – ou nada – mudou no agregado das carteiras dos fundos de pensões no primeiro semestre do ano. A dívida pública continua a perfazer uma fatia considerável do total dos produtos, nomeadamente 34% do total, o que se traduz quase 7 mil milhões de euros. Os fundos de investimento estão quase ‘taco-a-taco’ com a dívida pública e, atualmente, representam 31% do universo das carteiras, o que representa um ligeiro aumento face a trimestres anteriores. 

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Fonte: ASF, final primeiro semestre