Fundos de pensões estão a reflectir as posições em alternativos

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No que diz respeito à alocação de activos nos Fundos de Pensões no primeiro semestre, Rui Guerra, revela que, tal como já se tinha verificado no survey do mês de Maio, “um número significativo de fundos de pensões está a reflectir nas suas políticas de investimento as posições em alternativos, o que se irá traduzir num aumento da alocação”. Devido à valorização relativa que as acções têm tido em relação às obrigações, o partner da Mercer, diz que tem aumentado o peso nesse tipo de activos (acções).

Rui Guerra justifica esta realocação dos activos com o facto de “as taxas de juro terem sofrido um ajustamento (aumento) o que levou a uma penalização da rendibilidade das obrigações”, assim, diz, “ actualmente existe algum risco de mais subida das taxas de juro e, consequentemente, de perda de valor na parte obrigacionista”.

No entanto, apesar do recuo verificado em Junho nos resultados, Rui Guerra refere que no mês de Julho “os resultados inverteram-se, apresentando a maior parte dos fundos de pensões resultados bastante robustos dado que, quer obrigações, mas essencialmente as acções, registaram elevadas rendibilidades”.

Neste segundo semestre do ano, o partner da Mercer, prioriza nos fundos de pensões a necessidade de se “assegurar que as políticas de investimento estão alinhadas com as condições actuais dos mercados e com as responsabilidades” e avisa que actualmente “as preocupações assentam na procura de fontes de retorno e na gestão do risco, no sentido de assegurar que os fundos de pensões estão a tomar o nível de risco pretendido”.