Fundos de investimento crescem em 2020 no universo Santander Totta

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Panorama Mercantil, Flickr, Creative Commons

No final de junho de 2020, a atividade do Santander em Portugal resultou num resultado líquido de 172,9 milhões de euros, o que representa uma quebra, face ao período homólogo, de 37,3%. A margem financeira da instituição financeira situou-se em 399,3 milhões de euros, "uma redução homóloga de 6,9%, o que traduz essencialmente a descida das taxas de juro do crédito, num contexto concorrencial ainda elevado e de diminuição da procura de crédito por empresas fora do âmbito das linhas com garantia do Estado, e a gestão da carteira de dívida pública".

Já as comissões líquidas, no montante de 183,1 milhões de euros, desceram 5,0% face a junho de 2019, "já refletindo plenamente os efeitos da pandemia sobre a atividade, destacando-se uma redução das comissões sobre crédito, e os impactos da suspensão de um conjunto de comissões, no âmbito das medidas de apoio às empresas e às famílias", pode ler-se nos documentos divulgados.

Fundos e seguros

Os recursos totais de clientes totalizavam 43,1 mil milhões de euros no final do primeiro semestre, o que representa um crescimento de 2,8% face ao mesmo período do ano passado. Estes números refletem o contributo positivo da evolução dos depósitos (+3,7%, para 36,2 mil milhões de euros), mas também dos fundos de investimento comercializados, cujo montante subiu 2,7%, para os 2,88 mil milhões de euros. Os seguros e outros recursos registaram um decréscimo de 4,7% em relação a junho de 2019, o que fez com que na sua globalidade, os recursos fora de balanço tenham decrescido 1,7% para os 6,89 mil milhões de euros

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"O primeiro semestre de 2020 foi marcado por dois momentos distintos. Um primeiro momento pré-pandemia COVID-19 onde, quer ao nível de fundos de investimento, quer ao nível de seguros financeiros, se assistiu a uma procura muito forte por este tipo de soluções que, naturalmente, se traduziu em subscrições líquidas na ordem dos 172 milhões de euros, a incidirem maioritariamente em produtos mistos. Após o início da pandemia verificou-se uma queda generalizada dos mercados financeiros, a qual condicionou a atividade comercial, tendo-se registado saídas na ordem dos 335 milhões de euros, durante o segundo trimestre. Atendendo a todos estes impactos e tendo em linha a melhoria na qualidade e experiência do cliente, o banco fomentou uma atitude de serviço, intensificando proativamente os contatos com os clientes sobre esta temática, privilegiando ao mesmo tempo os meios digitais para o efeito. De facto, assistiu-se a uma aceleração da adoção das principais plataformas transacionais, sendo que o Netbanco foi responsável por mais 65% das transações, no segundo trimestre do ano. Neste sentido, a Santander Asset Management (SAM) procurou gerir os seus fundos de investimento mobiliários (FIM) de uma forma ativa, com o objetivo de minimizar as perdas dos seus participantes após os impactos decorrentes da COVID-19. O semestre fechou com 2,3 mil milhões de euros de ativos sob gestão. No que respeita aos fundos de investimento imobiliário, estes totalizavam cerca de 423 milhões de euros, no final de junho. Na área de seguros financeiros manteve-se o foco na gestão ativa dos seguros financeiros abertos e dos vencimentos ocorridos sobretudo no segundo trimestre do ano, e que ascenderam a 170 milhões de euros. Num semestre que, com a pandemia, evidenciou de forma clara a importância da Poupança/Reforma dentro do leque de necessidades dos clientes, as soluções de reforma assumiram grande importância na atividade comercial, com os produtos a registarem subscrições líquidas de 26 milhões de euros em formato fundo (FPR’s) e 17 milhões de euros em formato seguro (PPR), a beneficiarem da campanha Freemium que decorreu maioritariamente no mês de junho", comunicam do banco.