Fundos de ações perdem “brilho” no Sudeste Asiático

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hn, Flickr, Creative Commons

A alocação de fundos mútuos de ações atingiu o seu nível mais baixo dos últimos 4 anos em 2012, com os investidores a darem preferência a produtos mais conservadores. Os ativos sob gestão no segmento dos fundos de ações contabiliza agora pouco menos de um quarto do total do somatório dos ativos na região.

Um dos aspetos chave retratados no último relatório da Cerulli, intitulado “Asset Management in Southeast Asia 2013” dá conta dos fortes ganhos nos mercados de ações da Tailândia e das Filipinas em 2012, mas que não tiveram grande impacto no total da alocação de ativos dos fundos mútuos na região.

A Cerulli considera também que a indústria dos fundos mútuos nos cinco países analisados pelo relatório – Malásia, Tailândia, Indonésia, Filipinas e Vietname – têm característicads diferentes e muito particulares.

Drivers diferentes em cada país

“As Filipinas continuam a ser um mercado relativamente pequeno, enquanto os fundos de ações na Tailândia, por exemplo, foram atingidos, em parte por causa dos resgates nos segmentos dos Long-term Equity Fund e dos  Fundos mútuos de pensões em 2012, diz Felix Ng, Analista sénior da Cerulli.

Felix NG assinala que o interesse por fundos de ações mais arriscados na Tailândia também limita os resgates de ações devido à estrutura intrínseca desses fundos. Entretanto, “o recente sell-off nas ações indonésias espera-se que crie um entrave nos ativos sob gestão dos fundos de ações do país em 2013, devido à baixa exposição ao investimento exterior para os fundos mútuos”, acrescenta o analista.

No entanto, a Cerulli diz esperar que a indústria dos fundos mútuos deva crescer fortemente durante os próximos cinco anos. A empresa de reserach especializada em serviços da indústria financeira espera que os ativos sob gestão da região mostrem uma taxa de de crescimento anual de 13,2% durante esse período, devido em grande parte ao crescimento da riqueza na região que, dizem, já “não viver na sombra dos grandes “irmãos” do norte”, assinala Ken Yap, diretor e head of Asia-Pacific research, na  Cerulli.