Fundo ibéria da Fidelity aumenta exposição a acções portuguesas

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O fundo ibéria gerido pela Fidelity tem vindo este ano a aumentar a exposições a acções portuguesas, num momento em que mercado em que, mais que olhar para países ou sector específicos, o foco deve ser na escolha de títulos individualmente, afirma Miguel Corte-Real, director de investimentos para as acções europeias.

No final de Janeiro, adiantou num encontro com jornalistas, a percentagem de cotadas portuguesas em carteira era de 12%, tendo aumentado para 13,4% no final de Fevereiro, enquanto a de empresas espanhola recuou de 76% para 70% no mesmo período.

Quanto a presença de títulos portugueses, "o top 20 do nosso fundo ibérico conta com uma posição de 2,6% da Portucel e 2,2% do BCP”, sendo este o único banco nacional na carteira. Além destas mencionou ainda a Sonae SGPS, a Jerónimo Martins, a Galp Energia e a EDP Renováveis, onde a exposição é muito reduzida.

Relativamente à estratégia sectorial, o director de investimentos adiantou que, desde início deste ano, diminuíram “o ‘underweight’ em termos de bancos”, estando ‘underweight’ em telecoms e em ‘utilities’. “Temos uma posição maior em termos de ‘cash’, que queremos usar quando virmos oportunidades de mercado”, adiantou.

Olhando para o mercado europeu na geral, Miguel Corte-Real diz que “o ‘stock picking’ é fundamental” neste momento. “Não vale a pena comprar a Europa como um todo”, refere, sublinhando que já se começa a assistir a uma descorrelação “e o mercado a separar entre empresas boas” e as restantes.

Os resultados das empresas europeias “têm tido bom desempenho”, o que tem levado muitos investidores que estavam ‘underweight’ em acções da Europa a aumentarem a exposição, refere, salientando que, apesar dos problemas por resolver e das questões políticas na Europa, os sinais no velho continente’  já são mais positivos, não só do lados dos resultados das empresas como pelas medidas que os governos já foram tomando ao longo dos últimos tempos. Mas alertou para os problemas estruturais que continuam a existir, nomeadamente ao nível da competitividade, tanto ao nível de produto como de mão-de-obra.