Fundo Capital Criativo I com carteira de investimento fechada até Outubro

imagem
cedida

“Contamos fazer mais três a quatro investimentos e ter a carteira do fundo fechada até Outubro ou Novembro”, afirmou Nuno Gaioso Ribeiro, presidente do conselho de administração da Capital Criativo, à Funds People Portugal.

Actualmente o fundo I tem em carteira três investimentos, todos feitos no ano passado: a USC, uma empresa do sector de logística e distribuição;  a Live Content, agência digital focada na gestão de marcas em redes sociais; e a ISA – Intelligent Sensing Anywhere, de telemetria e gestão remota, que tornou-se recentemente na primeira empresa portuguesa no mercado o Alternext, mercado para PME do grupo NYSE Euronext.

Do total do capital do fundo I, 20,5 milhões de euros, cerca de metade já está comprometido. Nuno Gaioso Ribeiro afirma que os empresários “nesta altura estão mais receptivos, têm maior abertura a fazer parcerias”, nomeadamente “porque o mercado interno está parado e valoriza-se quem possa facilitar o acesso a outros mercados” e salienta que hoje os operadores “estão mais exigentes”.

Mas continuam a existir resistências, o capital de risco ainda é visto como um intruso, ainda “existe uma percepção de valor errada e uma resistência a partilhar”, refere.

Entretanto, enquanto prossegue a fase de investimento do fundo I, o II iniciou a fase de ‘fundraising’, sendo o objectivo, adiantou o presidente da Capital Criativo, captar um mínimo de 50 milhões e ter um ‘ticket’ médio de investimento entre 5 a 10 milhões de euros (o do fundo I é de 2,5 milhões).

Reforma do capital de risco público
Quanto à reforma do sector de capital de risco público, Nuno Gaioso Ribeiro diz que “faz sentido que o Estado tenha um operador único e que distinga o papel de financiador do de gestor e saiba estimular e financiar o mercado privado para ele fazer o que sabe fazer melhor”.
Até porque “Portugal tem as fontes de financiamento de capital de risco estranguladas” e a integração dos fundos de pensões da banca e ‘utilities’ para o Estado vem ainda mais “afunilar as fontes de financiamento”.