Fundo arranca com 20 milhões para investir no imobiliário, agricultura e pescas

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João Costa Reis, presidente da Present Value, ‘advisor’ do fundo luxemburguês, referiu que, fruto da situação actual, “há cada vez mais interesse da banca na venda desses activos”, quer seja crédito ao consumo, a empresas ao à habitação. E adiantou que está a ser negociada a compra de três carteiras de crédito malparado de três bancos estrangeiros a operar em Portugal, nomeadamente do Barclays e do Santander Consumer.

“Num momento de crise financeira global, os bancos têm os seus balanços abalados por carteiras de crédito em incumprimento, designadamente ao nível do imobiliário, que o AES Principal Fund está disposto a adquirir [...] com o objectivo de recuperar esses activos e posteriormente os vender”, referiu João Costa Reis, no comunicado de apresentação do fundo.

Para  já o fundo já mobilizou 20 milhões de euros para aquisição de activos nas três áreas, mas “o objectivo é ter cerca de 200 milhões aplicados nas três áreas”,  até final do ano, de investidores nacionais e, sobretudo, internacionais.

Oportunidades na agricultura e pescas
Além do imobiliário, a agricultura e as pescas são áreas para as quais o fundo “vai olhar com particular atenção, considerando que são dois sectores deprimidos em Portugal por ausência de uma gestão eficiente dos solos e das empresas e por uma deficiente exploração da ZEE”, refere o comunicado.

Neste âmbito foram já identificadas algumas propriedades e há uma “que vai agora começar a ser explorada”, com cerca de quatro mil hectares e que está situada na zona norte do país.

O período de investimento do AES Principal Fund será entre dois a sete anos, consoante as áreas três de investimento, que estão separadas em compartimentos especializados, independentes um dos outros.

O investimento mínimo por investidor é de 125 mil euros e não há garantia de reembolso de capital ou liquidez, sendo o retorno anual estimado pelo presidente da Present Value de 25% a 30%.

Além da empresa de ‘advisory’ são ainda parceiros do AES Principal Fund o Banque Privée Edmond Rothschild Europe e a sociedade de advogados Loyens & Loeff.