“From Cash to Investments”: Barclays volta realizar seminário de literacia financeira

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emilydpardo, Flickr, Creative Commons

Num cenário de taxas de juro baixas, em que os depósitos já não se apresentam como uma solução rentável, as alternativas passam por uma canalização do património para o investimento. Foi precisamente esta a ideia que o Barclays Wealth and Investment Management sublinhou perante os seus clientes, dia 6 no Porto e, dia 7 de maio, em Lisboa, em mais um seminário de investimentos, desta vez em parceria com a Fidelity Worldwide Investments

Subordinada ao tema “From cash to investments”, a conferência contou com as apresentações de José Miguel Calheiros, diretor de investimentos do Barclays, e Ana Carrisso, sales manager da Fidelity Iberia, que perante uma “casa” cheia apresentaram ideias de investimento. 

Valorizar património 

Numa perspetiva de dotar os seus clientes de mais ferramentas que permitam valorizar o seu património, José Miguel Calheiros começou por  explicar precisamente quais os custos reais de se estar investido em liquidez. “Hoje em dia o grande desafio é saber como é que numa conjuntura de taxas  de juro reais negativas, se consegue valorizar o património”, ainda para mais numa altura em que “todas as expectativas atuais indicam que este cenário terá de ser enfrentado por mais tempo”. Explicando aos presentes que atualmente os depósitos não são a aplicação mais viável, o especialista reiterou que “é necessário melhorar o rendimento obtido através de várias dimensões de risco”, ou seja, por via de uma carteira diversificada. 
As preferências de alocação

Também tecendo alguns comentários sobre a postura da entidade na alocação de ativos, o diretor de investimentos sublinhou que “os mercados desenvolvidos são os que têm mais potencial de valorização nas ações, ainda que os emergentes não possam ser esquecidos”. Por isso, deixou clara a maior preferência atual pelo mercado acionista (principalmente dos mercados desenvolvidos), estando subponderados em obrigações, e mais concretamente em dívida pública de mercados desenvolvidos. Em conclusão, José Miguel Calheiros fez questão de realçar  que “deter liquidez na  carteira de investimentos é importante, mas mais importante ainda é saber a quantidade de liquidez que é favorável a cada um dos investidores”. 
 
Gerar rendimentos

Dando continuidade àquilo que foi exposto pelo Barclays, Ana Carrisso, da Fidelity, focou o seu discurso na geração de  rendimentos num contexto de mudança, dando especial atenção ao investimento de longo prazo. “Em 2013 os investidores estavam dispostos a pagar por ações de empresas, cujo valor só agora, através dos resultados dessas companhias, vamos ver se valeu ou não a pena”, iniciou. 

O FF Global MultiAsset Income, lançado há um ano, foi o fundo “escolhido” para concretizar a ideia da gestora internacional em querer gerar rendimentos “reais e estáveis”, com um enfoque em multiativos. “Neste caso o grau de dispersão é muito menor, e existe um rendimento que é previsível e sustentável porque é proveniente de diferentes fontes de rendimento”, esclareceu a vendas da entidade. 

Com mais de 500 valores na sua carteira, o MultiAsset Income tem na sua carteira ativos para gerar rendimentos básicos, ativos híbridos e ativos de crescimento básico. Esta diversidade de componentes, segundo Ana Carrisso, “vai sofrendo ajustes ao longo do tempo, à medida que o ciclo económico muda”, para que cada um dos ativos esteja na proporção certa em cada contexto.