Foco do investimento tem passado para produtos mais sofisticados

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Fernanda Fronza, Flickr, Creative Commons

A descida das taxas de juro no Brasil tem colocado desafios aos gestores de fundos na geração de rendimentos para os investidores e levado a alterar o foco para outro tipo de produtos, o que traz novos requisitos e riscos, refere a KPMG no relatório “Evolving Investment Management Regulation”.

O ambiente estável e bem regulado para investimento no Brasil, baseado em elevados retornos para investimentos em ‘fixed income’, tem mudado rapidamente, refere a KPMG, sendo que, à medida que as taxas de juro descem, “os administradores e gestores de fundos têm sido solicitados a rever os portefólios existentes por forma a ajudar os clientes a obter taxas mais altas”.

O foco do investimento tem, assim, mudado para “produtos novos, mais sofisticados, no crédito privado e no ‘private equity’, ‘hedge funds’ e fundos imobiliários”. Esta transformação, refere a consultora no estudo, “vai continuar, sobretudo porque a regulação mudou, permitindo aos clientes investir em fundos fora do Brasil”.

No entanto, com estas novas oportunidades para investimento de longo prazo e em produtos ilíquidos, “vêm também novos requisitos e, inevitavelmente, novos riscos”. A preparação das demonstrações financeiras está a tornar-se “mais complicada, com os processos de auditoria e gestão de riscos a ficaram mais complexos”.  As normas de contabilidade e reporte para os fundos de crédito e imobiliários evoluíram para as IFRS e a mudança para as regras internacionais continua, “talvez sendo estendida a classes de produtos que não abrange actualmente, como os fundos de private equity”, refere a KPMG, no relatório.