FMI conclui sexta avaliação e aprova tranche de 838,8 milhões de euros

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu ontem a sexta avaliação do desempenho de Portugal, “no contexto do programa económico apoiado por um acordo trienal ao abrigo do Programa de Financiamento Ampliado”, anunciou a instituição em comunicado. No seguimento desta, acrescenta, “um montante equivalente a cerca de 838,8 milhões de euros fica imediatamente disponível, perfazendo um total de cerca de 22,16 mil milhões de euros em desembolsos” ao abrigo do referido programa.

No total, o montante da sétima tranche para Portugal ascende a 2,5 mil milhões de euros, sendo os restantes cerca de 1,6 mil milhões de euros provenientes de fundos europeus.

No comunicado divulgado a noite passada (hora de Lisboa), Nemat Shafik, subdirectora-geral e presidente interina do conselho de administração do FMI, salienta que “o esforço de políticas e reformas que está a ser empreendido pelas autoridades é extraordinário”, considerando que “já foram obtidos progressos expressivos na prossecução do ajustamento orçamental externo”. Além disso destaca que se verificou uma descida acentuada dos ‘spreads’ da dívida soberana, “o que abre boas perspectivas para a estratégia das autoridades de regresso aos mercados”.

Do lado dos alertas e das preocupações, Nemat Shafik refere que “as perspectivas de curto prazo são incertas” e que restam ainda “enormes desafios económicos a vencer no médio prazo”, pelo que as autoridades portuguesas “devem prosseguir os esforços para tornar o sector de bens transacionáveis mais competitivo, impulsionar o crescimento a longo prazo e avançar na consolidação orçamental”.

Quanto aos objectivos orçamentais, a sub-directora geral afirma que “continuam apropriados, desde que a evolução económica caminhe dentro do esperado”, e salienta a necessidade de haver “um debate público sobre a melhor forma de distribuir a carga do considerável ajustamento orçamental que ainda resta”, adianta, no comunicado divulgado ontem.