Fluxos de fundos refletem “cautela” dos investidores

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andertho, Flickr, Creative Commons

“Um horizonte cheio de possíveis mudanças na política económica fez com que na primeira semana de novembro apenas os fundos do mercado monetário e os fundos dedicados a ativos europeus e japoneses conseguissem ter fluxos significativos”, dizem as últimas informações divulgadas pelo EPFR Global.

O total de fluxos EPFR Global de Fundos de ações de mercados desenvolvidos “tropeçou” no início de novembro (devido em grande parte aos resgates de fundos de ações dos Estados Unidos), com os investidores a “digerirem” um grande número de informações que vão desde as previsões de crescimento para 2014 da Comissão Europeia, até aos números do PIB para o terceiro trimestre de 2013, nos Estados Unidos.

Consolidar lucros 

Para os fundos de ações dos EUA os números relativos ao terceiro trimestre mais consolidados do que o esperado foram uma  espécie de “bênção mista”, reforçando as projeções dos earnings per share, e por outro lado, afetando o consenso confortável existente em relação à decisão da Reserva Federal de não diminuir o programa Quantitative Easing até meio do próximo ano.

Os US Small Cap equity Funds, por seu lado, registaram o seu primeiro grande resgate semanal desde o quarto trimestre de 2007, enquanto os Large Cap Funds registaram saídas modestas. Os Mid Cap Funds tiveram uma entrada coletiva de 157 milhões de dólares.  Cameron Brandt, diretor de research do EPFR Global refere que alguns destes números podem dever-se “à realização de lucros por parte de investidores que procuram consolidar os seus ganhos”.

Quatro sectores a atraírem dinheiro 

No que diz respeito aos fundos de ações latino-americanos, desde o início do ano até agora, saíram desta categoria mais de 8,5 mil milhões de dólares, o que demonstra o entusiasmo dos investidores pelo México. O EPFR Global refere que os gestores de fundos estão em sintonia:  em média as alocações dos Global e dos GEM Equity fund para a região para o quarto trimestre estavam nos níveis mais baixos desde o primeiro trimestre de 2009 e desde o segundo de 2004, respetivamente.

A primeira semana de novembro foi mista para os EPFR Global Sector Funds, com apenas 4 dos 11 grandes grupos a atraírem dinheiro (imobiliário, indústria, infraestruturas e telecoms),  enquanto os fundos do sector financeiro e da tecnologia registaram saídas líquidas de 867 milhões de dólares e 1.22 mil milhões, respetivamente.