Fed sobe (finalmente) as taxas de juro passados 10 anos

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International Monetary Fund, Flickr, Creative Commons

Depois do passo em falso da reunião de setembro hoje foi efetivamente o ‘Dia D’ para a economia norte-americana, com a Reserva Federal a subir as taxas de juro pela primeira vez em dez anos. Depois de ter dado uma ‘nega’ à subida do preço oficial do dinheiro usando argumentos como a ausência de inflação e a presença de turbulências extremas que se poderiam acentuar com o ciclo de subidas, Janet Yellen mostrou ao mercado a resiliência da economia norte-americana subindo em 0,25 pontos base a taxa directora para os 0,5%, indo ao encontro das expetativas do mercado.

Segundo se pode ler no comunicado da Reserva Federal, “o Comité entende que se assistiu a uma considerável melhoria das condições de mercado de trabalho durante este ano”, estando por isso confiantes que “a inflação vá subir, no médio prazo, para o seu objetivo de 2%”.

Ainda assim, no mesmo documento, a entidade faz questão de frisar que “continua com uma perspectiva acomodatícia após este aumento, suportando, assim as melhores condições do mercado de trabalho que estão por vir, mas também a meta de 2% de inflação”.

No comunicado são ainda dadas algumas pistas sobre como será este “novo” ciclo de subidas. “O Comité espera que as condições económicas evoluam de forma a que garantam apenas incrementos graduais das taxas de juro. A taxa de juro federal permanecerá, durante algum tempo, abaixo dos níveis esperados para se impor posteriormente no longo prazo”. “Quando se determinar o momento e o tamanho dos ajustes futuros das taxas de juro, o Comité avaliará as condições económicas conhecidas e esperadas em relação aos seus objectivos de máximo emprego e de 2% de inflação”, dizem.