Experiência e abordagem de longo prazo: os dois pilares da Capital Group

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A Capital Group é a sétima maior gestora de ativos do mundo contando com 1.400 biliões de dólares em património sob gestão, figurando ainda no top 3 de gestoras ativas em todo o mundo. Contudo, Mario González (na foto), diretor de distribuição para o mercado português, faz questão de sublinhar à Funds People que o que torna a casa verdadeiramente diferente é a sua filosofia de investimento e a sua abordagem. “Se eu pudesse definir a Capital Group em três palavras seriam: estabilidade, foco e consistência”.

Com uma estrutura de capital que apelidam de independente, e não estando cotada em bolsa, sentem que a entidade “tem uma estabilidade para gerir o negócio com uma visão de longo prazo, tendo em mente apenas os interesses dos clientes”. A Capital Group é propriedade de 400 partners que trabalham na entidade (ou já estão reformados) e cada um não tem mais de 5% do negócio.

Foco na gestão ativa

Totalmente dedicados à gestão ativa,  são “décadas de experiência” em que a “abordagem bottom-up fundamental tem adicionado valor”. Mario González refere que “não usam derivados nas estratégias”, nem têm fundos com abordagens específicas em termos de regiões, temas ou países (à exceção do Japão). “Focamo-nos em estratégias ‘core’ de ações e obrigações”, que no total perfazem 35 produtos muito focados. Destaca ainda que no processo de investimento da casa têm um objetivo cimeiro: “Fornecer retornos consistentes de longo prazo”, cuja consistência “é o resultado do nosso único processo de investimento que se traduz, integralmente, em portfólios conservadores, que tentam proteger-se em alturas de queda dos mercados, e participar nas suas subidas”.

Remuneração que tem por base os resultados

Tendo em mente este modelo de resultados de longo prazo, também o próprio negócio é desenvolvido nesse sentido. Por isso, os portfolio managers são remunerados  “numa base de longo prazo”, com a sua remuneração variável “a estar puramente baseada nos seus resultados individuais”, e não nos ativos que têm sob gestão.

Esta “política” ganha forma também em portfólios muito ativos (são agnósticos em termos de benchmark), que têm “moderados níveis de rotação (cerca de 25%)” e “retornos consistentes no médio-longo prazo”.

Nesta fórmula de sucesso a experiência dos gestores dos fundos é outro ponto a evidenciar. “Em média têm 27 de anos de experiência na indústria, 22 dos quais na Capital Group”, indica, rematando que são “a experiência e a abordagem de longo prazo que estão na base de um processo de investimento único”.

Embora a componente humana do negócio seja a mais importante, entendem que também é falível. Desta feita “todos os fundos são geridos através de um processo que combina portfolio managers individualmente, com muita experiência e estilos complementares”. “Cada portfolio manager tem uma parte da carteira e é responsável por investir essa porção através das escolhas em que tem maior convicção. A carteira resultante é por isso exclusivamente formada por convicções e naturalmente diversificada”, diz. Há 60 anos que o processo “multi manager” é usado “e tem providenciado resultados consistentes durante vários tipos de mercado”.