Estratégias de de-risking continuam a amenizar a exposições concentrada a grupos económicos

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O relatório de Análise de Riscos do Sector Segurador e dos Fundos de Pensões de julho de 2018, divulgado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões dá conta de um total de provisões técnicas das empresas de seguros nacionais no final de 2017 de 48,6 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 2,2% face ao fecho do trimestre anterior. Por outro lado, o património dos fundos de pensões ascendia a 19,8 mil milhões de euros, um incremento de 4,8% no mesmo período.

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O relatório dá conta também do acentuar de uma tendência que se verificava já nas carteiras de ativos das empresas seguradoras, a preponderância da dívida pública, que cresceu 2,3%, “com influência significativa de um operador específico. Adicionalmente vimos o peso dos depósitos a contrair 1,9% “assistiu-se a oscilações nas categorias de ações e fundos de investimento mobiliário (+0,9 %), dívida privada (-0,8%) e imóveis e fundos de investimento imobiliário (-0,5%)”.

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No caso dos fundos de pensões, ASF destaca que “as variações globais são mais diminutas, tendo a contração de 1,3% da representatividade do investimento em dívida privada sido contrabalançada por aumentos na exposição a ações e fundos de Investimento mobiliário, e a depósitos, em 0,8 e 0,5 pontos percentuais, respetivamente”.

Exposição por grupo económico

A análise de exposições por emitente ou grupo económico divulgada pelo regulador do sector segurador e de fundos de pensões permite observar a manutenção de uma elevada concentração do investimento em ativos de emitentes soberanos, ativos emitidos por grupos financeiros a operar em Portugal, e de empresas que detêm participações no sector segurador e de fundos de pensões. “Ressalva-se que, no âmbito do sector segurador, em que as exposições ao grupo económico são mais significativas, as estratégias de de-risking que têm vindo a ser prosseguidas pelos operadores nos últimos anos continuam a amenizar gradualmente essas exposições. Além da entrada em vigor do novo regime de solvência em 2016, as alterações de estrutura acionista, que vêm ocorrendo no sector financeiro Português, também têm contribuído para a diminuição da representatividade dessas exposições”, comenta a ASF no relatório.

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