Estes são os três fundos nacionais que celebram um quarto de século no terceiro trimestre do ano

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Em julho de 2008, com a falência do banco de investimento Bear Stearns, foi dado o primeiro passo para aquela que viria a ser umas das mais graves crises financeiras mundiais. Dez anos se passaram desde então, anos esses que ficaram marcados por inúmeras alterações no panorama dos mercados financeiros e da própria economia mundial.

Neste contexto de crise económica, e consequente recuperação, muitos foram os fundos nacionais que conseguiram manter-se em atividade, sendo que outros tantos foram lançados no rescaldo não só daquela que foi denominada a crise do Subprime, mas que também atravessaram a crise da dívida soberana na Europa. Dito isto, e à semelhança do que fizemos no trimestre passado, olhemos para os produtos que celebram o seu vigésimo quinto e décimo aniversário entre os meses de julho e setembro.

Comecemos, portanto, pelo trio de produtos que conta com um quarto de século de atividade no mercado nacional. Numa análise preliminar verificamos que dois deles são produtos que investem no mercado acionista, sendo que o restante corresponde a um fundo de tesouraria. Quanto a entidades, cada produto pertence a uma entidade diferente: Santander Asset Management, BPI Gestão de Activos e Montepio Gestão de Activos.

Assim, e começando pelo veículo de investimento que mais próximo está de comemorar a marca dos 25 anos, encontramos o Santander Acções Portugal, cujo lançamento ocorreu a 27 de julho de 1993. O fundo que atualmente é gerido por Dolores Solana detém um património sob gestão na ordem dos 88 milhões de euros, sendo que a sua carteira apresenta uma preponderância do sector de materiais básicos, que representa mais de 30% da exposição sectorial total. Em termos de maiores posições em carteira, entre as cinco maiores encontramos um futuro sobre o PSI20 e títulos do BCP, The Navigator Company, Altri e Galp Energia.

De seguida surge o segundo fundo de ações, o BPI América D, que passou a estar disponível no mercado a 16 de agosto de 1993. Da responsabilidade da BPI Gestão de Activos, este gere um património de cerca de 17,36 milhões de euros e apresenta uma carteira cujas maiores posições são títulos de empresas norte-americanas como a Apple, Amazon, Visa, Merck & Co. Ou a Amgen. Entre estas encontramos, ainda, um futuro sobre o S&P500. Quanto a sectores mais preponderantes em carteira, o tecnológico é aquele que maior peso apresenta, com 20,56%, seguido do sector financeiro (15,84%) e do sector de healthcare (15,24%).

O terceiro produto comemora o seu vigésimo quinto aniversário a 27 de setembro de 2018. Falamos do Montepio Tesouraria, cujo montante sob gestão ascende a 41,96 milhões de euros, contando com uma carteira composta por depósitos bancários de várias instituições.

Dois PPRs prestes a celebrarem o seu décimo aniversário

Passemos agora para os produtos “mais novos” desta análise, estes que são ambos produtos de poupança reforma da responsabilidade da mesma entidade. Lançados no mesmo dia – 9 de setembro de 2008 –, os fundos Optimize Capital Reforma PPR Equilibrado e Optimize Capital Reforma PPR Acções são dois produtos que iniciaram a sua atividade “no meio da tempestade”, isto é, precisamente no início da crise financeira mundial. Ainda assim, foram capazes de manter o seu lugar no mercado nacional, estando muito perto de celebrar o seu décimo aniversário.

Com um limite de 25% de investimento mínimo em obrigações e máximo de 35% em ações, o Optimize Capital Reforma PPR Equilibrado investe maioritariamente na zona euro, embora apresente uma exposição de 16,57% e de 15,39% aos Estados Unidos e Ásia Emergente, respetivamente. Os sectores tecnológico, consumo cíclico e financeiro são, por sua vez, os sectores mais preponderantes em carteira, sendo que entre as maiores posições encontramos alguns produtos da própria casa, como é o caso do Optimize Europa Obrigações, e outros produtos de casas gestoras internacionais. Para além disto, este detém, ainda, exposição direta a obrigações soberanas nacionais.

O Optimize Capital Reforma PPR Acções, por outro lado, apesar da zona euro representar 34,34% da exposição geográfica total, os Estados Unidos apresentam uma preponderância de quase 30%. Em termos sectoriais, a composição é bastante semelhante ao fundo anterior, com os sectores tecnológico, financeiro e consumo cíclico a surgirem enquanto os sectores mais preponderantes.