Estado recomprou dívida superior a mil milhões de euros

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legionleogas, Flickr, Creative Commons

O IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, foi hoje ao mercado, dia 25 de fevereiro, para uma recompra de dívida que estava no mercado e que o vencimento iria ocorrer em 2017, 2018 e 2019. Foram três as linhas de Obrigações do Tesouro (OT) que o Estado português recomprou e que somaram um valor próximo dos 1.075 milhões de euros.

No vencimento mais próximo, em outubro do próximo ano, o Estado recomprou 349 milhões de euros, enquanto que o valor atingiu 150 milhões de euros na recompra das OT de junho de 2018. Já no prazo mais afastado, junho de 2019, o valor da recompra superou os 576 milhões de euros.

A destacar, também, que o preço ficou em linha com os valores praticados no mercado secundário, com o Estado a pagar acima do par, ou seja, mais do que ao preço a que foram emitidas.

Faz sempre sentido recomprar dívida que tem um custo mais alto e tentar substitui-la por novas emissões de dívida com um juro mais baixo. Esse deve ser o racional desta operação, não vejo outro. Além de reduzir as amortizações que teremos nos próximos anos e de dar um sinal ao mercado, que é importante, o objetivo terá sempre que ser o da poupança de juros. Se conseguir substituir uma dívida, com uma taxa de juro mais alta e com uma maturidade curta, por outra dívida, com uma taxa menor e por um prazo maior, é dinheiro em caixa. E como as taxas estão muito baixas, admito que não haja dificuldade em fazer esse rollover com um cupão mais baixo”, referiu Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa.