“Esperamos uma renovada aceleração do crescimento económico na segunda metade do ano”

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A repressão financeira está a levar os investidores a situarem-se na parte mais alta da curva e, de acordo com o que afirmam no ING Investment Management, uma mudança nos dados cíclicos poderá empurrá-los ainda mais para cima, até sectores cíclicos. Os valores destes sectores tiveram um comportamento muito pior que os de sectores defensivos. “Os mercados continuam a ter um bom desempenho, em detrimento da busca de rendimento por parte dos investidores. Isto permitiu que a maioria dos títulos se tenham comportado bem desde o início do ano, existindo tanto em obrigações como em acções fluxos de caixa que se podem colher”.

Num artigo publicado, os especialistas da gestora holandesa reconhecem esperar uma renovada aceleração do crescimento económico. “Continuamos a acreditar que à actual fase de consolidação se seguirá uma renovada aceleração na segunda metade do ano. O facto que realmente marca a diferença é alteração de comportamento por parte dos bancos centrais. Desde o passado verão, ficou claro que a principal preocupação reside ao nível do desemprego e estabilidade financeira. Na nossa opinião, isto também provocou uma mudança estrutural positiva no sentimento de mercado. Naturalmente, os bancos centrais pode, dar-se a este luxo já que a pressão inflacionária continuara ausente por algum tempo".

Neste sentido, no ING IM consideram que os investidores em acções reagiram aos indicadores negativos. “Dando uma vista de olhos aos máximos históricos de alguns índices de acções, parece que os recentes dados negativos não afectaram os mercados. Não obstante, isto não está correcto. A rendibilidade do sector cíclico alcançou o seu nível mais baixo desde o começo da crise global. Isto, desde o ponto de vista de alocação táctica de activos, torna-nos mais cautelosos. Como referimos, consideramos que a actual recessão económica será temporária – enquanto os bancos centrais injectarem liquidez, e se alcança uma expansão das condições financeiras globais”.