“Esperamos ter uma aceitação muito favorável entre o investidor de retalho português”

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O desembarque da iShares em Portugal foi em grande. A plataforma da BlackRock, registou em Portugal 131 fundos cotados tanto sobre ações como obrigações, e essa decisão evidencia o compromisso para com o mercado nacional. Neste sentido, a iShares converte-se na primeira grande gestora de exchange traded funds que chega a Portugal. “Apesar do mercado português parecer pequeno, o investidor português é muito sofisticado. No caso da iShares Iberia, “Portugal representa 20% do negócio”, afirma Iván Pascual, diretor de vendas da iShares para a região.

Numa entrevista, concedida à Funds People, uma vez anunciada a chegada da iShares ao país, Pascual mostra-se muito positivo com as perspectivas de crescimento no mercado nacional. “Dos 2.100 milhões de euros de ativos sob gestão que a BlackRock mantém em Portugal, 1.500 correspondem ao negócio de ETFs. Só este ano, o património cresceu 300 milhões”, revela.

Assim, o responsável de vendas da iShares para Portugal e Espanha sublinha que o crescimento do investimento institucional tem sido muito importante, mas também o do investidor de retalho. É, precisamente, neste segmento que Iván Pascual tem as perspectivas mais favoráveis.

“Os ETF são interessantes para o investidor de retalho português por dois motivos. O primeiro, de um ponto de vista fiscal, o ETF oferece interessantes vantagens fiscais graças à legislação vigente. Em segundo lugar, porque este tipo de investidor mostra uma menor aversão ao risco e, além disso, está muito familiarizado com estes produtos, já que vêem nos fundos cotados um veículo muito diversificado, eficiente e transparente para realizar os seus investimentos”.

É por este factores que esperamos ter uma aceitação muito favorável entre o investidor de retalho português”, antevê.

Embora as perspectivas de crescimento no segmento do retalho sejam muito elevadas, Pascual salienta que entre os seus clientes institucionais em Portugal se incluem gestoras de fundos, seguradoras e fundos de pensões, assim como algumas fundações. Ultimamente verificou um especial interesse por parte das bancas privadas que, segundo explica, foram aumentando paulatinamente o peso dos ETF nas suas carteiras. Por classe de ativo, Pascual mostra-se positivo relativamente ao crescimento que se vai observar nos fundos cotados sobre índices de obrigações dado que considera que “o investidor nacional vai começar a diversificar as posições que mantém em dívida pública portuguesa dando um maior peso na no seu portefólio a obrigações globais”.

A iShares entra no mercado português através do Banco Best, entidade de referência no âmbito do investimento, que aposta firmemente pela inovação da carteira de produtos que oferece aos seus clientes. Esta colaboração tem como objectivo promover os produtos entre os investidores privados num período de forte crescimento da procura por este tipo de instrumentos a nível internacional e surge, de acordo com o revelado por Iván Pascual, a pedido do Banco Best. “À medida que se vá ampliando o negócio, o objectivo é ir acrescentando novas entidades”, assinala o responsável de vendas da iShares para Iberia.